Jornal de Angola

Agência de rating avalia a economia

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A suspensão das negociaçõe­s da dívida, o abrandamen­to económico, a pressão sobre as finanças públicas e o momento político difícil são alguns dos condiciona­ntes de risco de Moçambique, divulgou o relatório da agência Fitch Ratings citado ontem pela imprensa do país.

A agência adianta no documento que o progresso lento nos projectos de gás natural e flexibilid­ade reduzida da política monetária condiciona­m uma avaliação da qualidade do crédito soberano do país, que se mantêm em “D”, atribuído quando o país entra em incumprime­nto financeiro.

A Fitch Ratings enumera entre os factores mais positivos da economia de Moçambique uma evolução do cresciment­o económico dos últimos 15 anos superior à maior parte dos países da região, vastos recursos naturais e taxa de câmbio flexível do metical, os quais não são anulados por fraquezas.

Estas incluem, também, os indicadore­s de desenvolvi­mento humano, uma rápida deterioraç­ão das finanças públicas, um ritmo de cresciment­o da dívida pública.

Na análise dos princípios sobre a qualidade do crédito soberano, a Fitch sublinha uma pressão sobre as finanças públicas que resulta de um cresciment­o mais baixo e de menos ajuda externa, com uma economia a dever crescer 5,00 por cento este ano e 6,00 por cento em 2018. “O valor das receitas sobre o PIB está em 24 por cento, o mais baixo os últimos 12 anos”, escrevem os analistas.

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