Jornal de Angola

Combates prosseguem em Benghazi

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Pelo menos 28 soldados das forças lideradas pelo marechal Khalifa Haftar, o homem forte do leste da Líbia, morreram ontem em combates com milícias rebeldes islâmicas em Benghazi, a segunda cidade mais importante do país, noticiou a Agência de notícias Efe, citando o serviço de informação do grupo rebelde islamita “Majlis al Shura”.

O grupo informou que conseguiu conter o avanço das tropas do marechal, mas perdeu sete homens na batalha. Durante os confrontos, que ocorreram no estratégic­o eixo do bairro de Sabri, que permite o acesso ao núcleo da cidade, as milícias rebeldes “conseguira­m destruir um tanque e um blindado fabricado nos Emirados Árabes Unidos” apesar da presença constante da aviação de combate do marechal Khalifa Haftar.

As forças do marechal Khalifa Haftar, entretanto, admitiram uma única baixa e celebraram o avanço em Sabri, onde conseguira­m abrir duas brechas no círculo defensivo dos rebeldes perto da rua Al Sharif, como mostraram imagens da televisão local.

Fontes médicas na cidade elevaram para 12 o número de combatente­s mortos na operação que o comando do exército de Khalifa Haftar apresentou como um avanço significat­ivo na cidade.

O Exército Nacional Líbio, como são chamadas as forças sob o comando do marechal Khalifa Haftar, anunciaram na segundafei­ra uma ofensiva contra os últimos redutos dos jihadistas em Benghazi, noticiou a agência de notícias France Press.

Este exército avançou pelo bairro central de Al-Sabri e a zona de Soug al-Hout, próxima ao porto principal de Benghazi, onde os grupos jihadistas estão isolados, afirmou um oficial da mesma que explicou que as suas forças recuperara­m algumas posições. “Nas nossas fileiras não lamentamos nenhuma vítima”, sublinhou.

Vídeos e fotografia­s publicados nas redes sociais mostram tanques, veículos blindados e várias ambulância­s que seguem para estes bairros.

Benghazi, cidade onde se concentrou o levantamen­to contra o Presidente Muammar Kadhafi, é cenário de contínuos combates desde que o marechal Khalifa Haftar iniciou um cerco em Maio de 2014 para expulsar milícias.

Entretanto, a Força Aérea egípcia bombardeou e destruiu 15 veículos que transporta­vam armas e munições procedente­s da Líbia, informou uma autoridade militar na segunda-feira.

Em comunicado, um porta-voz do Exército Nacional líbio anunciou que as Forças Armadas tinham recebido “informação sobre um grande número de veículos estacionad­os na fronteira ocidental e dispostos a se infiltrar (no Egipto) e que “os nossos aviões descolaram para vigiar a zona e entraram em acção assim que os veículos violaram a fronteira”.

Além disso, no sul do país, a Polícia matou oito rebeldes pertencent­es a grupos islamitas que planeavam atentados contra instituiçõ­es públicas, segundo um comunicado do Ministério egípcio do Interior.

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ABDULLAH DOMA|AFP Forças do Exército Nacional líbio lançaram uma grande ofensiva contra reduto dos rebeldes

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