Governo garante apoio à iniciativa privada
Vice-governador para o Sector Económico incentiva a criatividade para ultrapassar a crise
O Governo da Província da Huíla garantiu prestar todo o apoio necessário às iniciativas que procurem aumentar, melhorar e fomentar competências técnicas aos operadores económicos com vista a mitigar os efeitos dos actuais desequilíbrios financeiros que afectam o país.
A afirmação foi feita pelo vicegovernador da província da Huíla, para o Sector Económico, Sérgio da Cunha Velho, quando procedia ao encerramento da formação de alto rendimento para gestores públicos e empresários, que decorreu no fim de semana, na cidade do Lubango. A formação versou sobre a necessidade de se elevar o rendimento produtivo das instituições e empresas e a obtenção de maior eficiência na gestão dos recursos humanos.
Sérgio da Cunha Velho disse que as autoridades estão a trabalhar e a incentivar a descobertas de vias alternativas de mitigação das dificuldades que o actual momento económico impõe, bem como sugerir estratégias que ajudem a promover um desenvolvimento consistente e sustentável.
“Tendo como base as competências na vertente de comportamentos ou acções, é importante que os gestores saibam gerir os fenómenos interpessoais definidos como resultados de desempenho ou modalidades de acção utilizando de forma racional os seus atributos e capacidades”, disse Sérgio Cunha Velho, que explicou que a prática de um estilo de liderança mais proactivo é importante no sentido de congregar todos os colaboradores da empresa em torno de um objectivo comum, permitindo o desenvolvimento de um sentimento de pertença que promove a eficiência e responsabilidade no exercício das actividades de cada sector.
A busca pela excelência, salientou, deve ser incentivo permanente que orienta as acções desenvolvidas no âmbito do processo de gestão executiva, para ajudar a dar solução de diversos problemas que as instituições e empresas enfrentam no dia-a-dia e os desafios com que a sociedade se debate na qualificação, capacitação e outorga de competências de forma contínua.
“O país passa por um período em que, um pouco por todo o lado, ainda se fazem sentir os efeitos da crise económico-financeira, que tem afectado diferentes áreas da vida económica em diferentes níveis e que coloca em xeque alguns aspectos pré-estabelecidos nas políticas de desenvolvimento adoptado pelo aparelho do Estado”, referiu Sérgio Cunha Velho. O vice-governador defendeu a importância da participação da economia no processo de análise da conjuntura económica e social vigente e propõe estratégias que permitam contornar as dificuldades e retomar o caminho do crescimento económico.
“Isso implica, além do desenvolvimento de projectos de investigação, a implementação de acções de extensão que permitam a materialização dos conhecimentos produzidos a adquiridos na real das pessoas”, referiu.
Para o o vice-governador, é inevitável pensar na formação e qualificação dos quadros angolanos sem estabelecer uma relação com o desenvolvimento do país. Sérgio Cunha Velho sugere que a formação de quadros se cinja na perspectiva criada pelo Estado para que os desígnios do desenvolvimento possam ser alcançados. “Temos de continuar a trabalhar com uma postura tendente ao desenvolvimento sustentável, buscando cada vez mais soluções para suprir as exigentes necessidades do mercado de trabalho”, defendeu.
Mais quadros
O vice-governador para o sector económico explicou que existe um conjunto de orientações do Governo, pautadas no Plano Nacional de Formação de Quadros, para a qualificação de quadros nacionais, em particular nos domínios de formação onde se verifica uma maior carência de disponibilidade de competências.
Sérgio Cunha Velho considerou os temas abordados na formação de extrema importância para os novos rumos que a economia do País pretende seguir, requerendo dos gestores visão estratégia e conhecimento dos principais diplomas legais que regem a actividade económica, bem como o planeamento e a gestão fiscal dos empreendimentos.
“É importante que as instituições e empresas primem pela formação contínua dos seus quadros de forma a se obterem técnicos altamente qualificados para cada um dos sectores de actividade económica, social e cultural, de modo a impulsionar o desenvolvimento do país em geral e da província em particular”, concluiu Sérgio Cunha Velho.