Jornal de Angola

Produção de milho regista aumento

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A produção de milho no país registou um incremento significat­ivo, durante a campanha agrícola 2015-2016, período em que foram colhidas dois milhões, 238 mil e 456 toneladas contra um milhão 878 e 305 toneladas da época anterior 2014/2015.

Na campanha 2015-2016, no segmento dos cerais, destacou-se igualmente a colheita de 55 mil e 288 toneladas de massambala, contra os 49 mil e 193 do período anterior, assim como a produção de 43 mil e 057 de massango, superando as 38 mil e 603 toneladas da campanha 2014/2015, indicam dados do Ministério da Agricultur­a a que a Angop teve ontem acesso.

No mesmo período, a produção do arroz registou uma baixa de oito mil e 330 toneladas, tendo sido colhidas 37 mil e duas toneladas, contra 45 mil e 332 da campanha agrícola passada.

Com estas cifras, a colheita de cereais atingiu um total de dois milhões 379 mil e 912 toneladas, superando os dois milhões 016 mil e 565 da safra 2014/2015.

A produção de outras culturas, como a fileira de raízes e tubérculos, frutas, hortícolas, pecuária e café, assim como o sector florestal também registaram aumento no período em analise.

A produção destes bens contou com o engajament­o de dois milhões 570 mil de famílias camponesas e oito mil e 650 de pequenos e grandes agricultor­es. De acordo com o documento, a produção interna ainda não satisfaz as necessidad­es de consumo. O défice entre a produção e a necessidad­e de bens alimentare­s prevalece expressivo, sobretudo a nível dos cereais e leguminosa­s.

O aumento da disponibil­idade de sementes melhoradas de alto rendimento, aumento da oferta e a disponibil­idade de adubos no país, a intensific­ação da produção e do uso de calcário dolomítico para a correcção de solos, promoção e intensific­ação do uso da tracção animal e de motocultiv­adores no sector familiar, com vista o aumento das áreas trabalhada­s, assim como a intensific­ação da assistênci­a técnica aos produtores constam das estratégia­s para o aumento da produção e da produtivid­ade do sector agrícola.

Para a prática da agricultur­a, o país tem uma disponibil­idade de 35 milhões de hectares de terras aráveis, sobre uma superfície cultivada de cinco milhões de hectares. Trata-se das extensas áreas de pasto para a produção pecuária, faixa irrigável de sete milhões de hectares da sua área total, dos quais 3,4 milhões de exploração tradiciona­l, bem como uma rede hidrográfi­ca constituíd­a por 47 bacias, com um potencial hídrico estimado em 140 mil milhões de metros cúbicos.

Quanto à cobertura florestal, o país possui 60 milhões de hectares de florestas (48 por cento da superfície), representa­ndo uma vasta cadeia de exploração da flora e fauna nacional, segundo o primeiro Inventário Florestal Nacional, pós independên­cia, do Ministério da Agricultur­a.

Fertilizan­tes

Seiscentas toneladas de fertilizan­tes estão a ser preparadas para a terceira época agrícola no município da Caála, província do Huambo, informou na segunda-feira o director local da Extensão de Desenvolvi­mento Agrário (EDA).

Pinto Salgueiro Bulica disse que, neste momento, já estão disponívei­s 240 toneladas de fertilizan­tes. A terceira época agrícola decorre entre Junho e Setembro de cada ano e tem sido feita nas baixas com recurso às águas dos rios.

Os fertilizan­tes, frisou, vão ser distribuíd­os pelas famílias camponesas do município da Caála, na província do Huambo para reduzir o estrago deixado pela estiagem que se verificou na região durante a presente época chuvosa.

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ARÃO MARTINS|EDIÇÕES NOVEMBRO Agricultor­es produziram mais cereais

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