Arcebispo de Saurimo condena banalização
O arcebispo de Saurimo, capital da província da Lunda Sul, Dom José Manuel Imbamba, afirmou que a sexualidade só se realiza de forma verdadeiramente humana quando é parte integrante do amor, com o qual o homem e a mulher se comprometem um para o outro até à morte.
De acordo com o prelado, que falava em Saurimo numa palestra sobre a realidade do casamento em Angola, promovida pelas dioceses do Dundo, Luena e Saurimo, a sexualidade tem de ser “uma abertura à totalidade, ao amor, uma doação”.
“Estamos a viver num Mundo que quer reduzir a sexualidade à pura genitalidade, ao puro sexo, mas a sexualidade é algo muito mais amplo e rico”, sublinhou.
O prelado disse que o contacto com o parceiro supõe sempre um sacrifício no amor próprio e que “viver em família não é fácil, porque exige sacrifício, mortificação, entrega, doação, presença, pois quando isso não acontece, surgem os conflitos e a intolerância”.
Segundo Dom José Manuel Imbamba, no contexto do matrimónio deve reinar o amor, a fraternidade, o diálogo permanente, a fidelidade, o respeito, o perdão, a harmonia e “tudo aquilo que vai fazer com que a vida em comum não seja um peso”. Para o arcebispo, que também é o vice-presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), os parceiros não devem ser instrumentos de prazer sexual, mas como pessoas que “querem construir e partilhar a vida e participar na obra da criação de Deus mediante a procriação”.
“A família deve ser uma comunidade de encontro, diálogo, partilha, crescimento de vida, harmonia, felicidade, respeito, de valores e não de disputa, confusão e intrigas”, salientou, reafirmando o apelo aos casais para não serem egoístas, mas primarem pela entrega um ao outro.