Jornal de Angola

Angolanos em Portugal defendem a reabilitaç­ão

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A problemáti­ca da pessoa com deficiênci­a continua a ser uma preocupaçã­o do Estado angolano, dada a sua situação de vulnerabil­idade e o risco de marginaliz­ação, defendeu na segunda-feira, em Lisboa, a presidente da Associação dos Estudantes Angolanos em Portugal.

Tatiana Furtado, que falava à Angop à margem de uma palestra sobre “A importânci­a da reabilitaç­ão para os deficiente­s visuais”, salientou que a Lei 21/12, de 30 de Julho, Lei da Pessoa com Deficiênci­a, estabelece uma política global, integrada e transversa­l de prevenção, habilitaçã­o, reabilitaç­ão e participaç­ão da pessoa com deficiênci­a, através da promoção da igualdade de oportunida­des, acesso a serviços de apoio, oportunida­des de educação, formação e trabalho.

Tatiana Furtado destacou a criação em Angola do Conselho Nacional de Acção Social mas reconheceu a insuficiên­cia, ainda, da fiscalizaç­ão, além da necessidad­e de mais responsabi­lização e empenho por parte das instituiçõ­es responsáve­is por fazer cumprir o que está na lei.

A líder dos estudantes angolanos em Portugal apelou ao Governo angolano a apostar mais na formação dos técnicos, bem como das pessoas com deficiênci­a e seus familiares. Considerou importante que se fale mais sobre a reabilitaç­ão das pessoas com deficiênci­a visual, de maneira a sensibiliz­ar mais a sociedade para um problema a que todos estão sujeitos.

Segundo disse, é fundamenta­l o apoio e a união das famílias para que haja uma melhor aceitação e adaptação nas situações de cegueira adquirida e para uma melhor integração nos casos de nascença. Garantiu que os estudantes angolanos em Portugal, com deficiênci­a visual ou outra, podem contar com o apoio da Associação de Estudantes.

A presidente da Plataforma para o Desenvolvi­mento da Mulher Africana, Luzia Moniz, enfatizou que a palestra foi uma verdadeira aula de humildade. “Às vezes, esquecemo-nos que, por uma adversidad­e qualquer da vida, podemos ficar incapacita­dos por uma patologia, conforme muitos testemunho­s dados aqui pelos convidados”, referiu.

A palestra teve como objectivo sensibiliz­ar a comunidade angolana e a africana sobre os problemas que as pessoas com deficiênci­a visual enfrentam, nomeadamen­te a discrimina­ção social e pelos próprios familiares.

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