“Devemos estimular a competência”
João Lourenço disse que todos contam para a construção de um futuro melhor
O candidato do MPLA a Presidente da República nas eleições gerais de 23 de Agosto deste ano, João Lourenço, reafirmou ontem o compromisso do seu partido na luta contra a corrupção, má gestão do erário público e o tráfico de influências. João Lourenço, que discursava no acto de apresentação pública do Programa de Governo 2017-2022 do MPLA e do seu Manifesto Eleitoral, sublinhou a necessidade de ter as pessoas certas nos lugares certos para a efectiva implementação das promessas nos próximos cinco anos. Efusivamente aplaudido, João Lourenço defendeu instituições fortes e credíveis para promover e estimular a competência, a honestidade e entrega ao trabalho e desencorajar o ‘amiguismo’ e o compadrio. “Vamos contar com aqueles que estão verdadeiramente dispostos a ‘melhorar o que está bem e a corrigir o que está mal”, numa referência ao lema da campanha do partido às eleições gerais deste ano. Na sua intervenção, João Lourenço admitiu que o “MPLA tem consciência de que muito ainda há a fazer e que nem tudo o que foi projectado foi realizado como previsto”.
O MPLA reafirma, no seu programa de governação para o período 2017-2022, o seu compromisso na luta contra a corrupção, má gestão do erário público e tráfico e de influências.
Para a aplicação do programa e do manifesto eleitoral, apresentado ontem no Centro de Conferência de Belas, em Luanda, o vicepresidente do MPLA e candidato a Presidente da República, João Lourenço, disse que é preciso ter instituições fortes e credíveis, colocar os homens certos nos lugares certos, promover a competência, honestidade e entrega ao trabalho e desencorajar o amiguismo e compadrio no trabalho.
João Lourenço alertou que o partido vai contar com os angolanos empenhados na concretização do sonho da construção de um futuro melhor para todos e com aqueles que estão verdadeiramente dispostos a melhorar o que está bem e a corrigir o que está mal.
Os jovens, destacou, têm uma importância fundamental nos processos de transformação política e social do país, razão pela qual o partido vai contar cada vez mais com este grupo social nas imensas tarefas do progresso e do desenvolvimento. As famílias, as igrejas e as organizações da sociedade civil também vão ser apoiadas nas suas actividades de educação cívica e patriótica e de resgate dos valores morais, cívicos e culturais.
João Lourenço assegurou que o MPLA vai trabalhar no sentido de garantir a reforma do Estado, a boa governação, o desenvolvimento harmonioso e equilibrado em todo território nacional, para o aprofundamento da Democracia e para a inclusão social.
De acordo com João Lourenço, o MPLA considera que a consolidação da Democracia no país passa pela realização de eleições autárquicas que permitirão posicionar o país num movimento de verdadeira descentralização administrativa.
Com a instauração das autarquias, explicou, a administração estará mais próxima das populações, o que tornará mais fácil a percepção das suas necessidades, aspirações e satisfação. “Este processo contribuirá para garantir o aumento da qualidade de vida e bem-estar dos angolanos, bem como para um desenvolvimento mais equilibrado do território nacional, acrescentou João Lourenço. Dignificação dos professores
O candidato do MPLA a Presidente da República garantiu que o seu partido vai trabalhar para que os professores sejam cada vez mais dignificados, acarinhados e apoiados para atrair os melhores talentos para esta “nobre profissão”. No seu ponto de vista, é necessário cuidar permanentemente da formação dos docentes, estabelecer parcerias que contribuam na criação de um corpo docente com qualidade requerida em todos os níveis de ensino.
O MPLA, disse João Lourenço, vai trabalhar para assegurar o acesso a uma educação de qualidade, sobretudo nas escolas públicas, independentemente da condição económica e social dos estudantes. “Sem um verdadeiro acesso à educação dos cidadãos nacionais, não é possível empreender um combate sério e eficaz à fome e à pobreza”, sublinhou, referindo ainda que a educação é a chave do desenvolvimento económico do país e a condição fundamental para os cidadãos tirarem proveito das oportunidades disponíveis na sociedade.
João Lourenço defendeu a expansão do ensino para acabar com as crianças fora do sistema, e a aceleração do processo de selecção de quadros com elevado potencial para estudarem nas melhores universidades do mundo, para o país contar com quadros que se apresentem na fronteira do conhecimento nos mais diversos domínios do saber.
No domínio da saúde, o candidato do MPLA a Presidente da República aponta a ampliação da cobertura dos serviços e sua melhoria e o reforço da capacidade institucional como factores importantes para o aumento do desempenho do sector. João Lourenço disse que o MPLA pretende preservar o Serviço Nacional de Saúde, promover a sua reorganização e requalificação, desenvolver a saúde pública e estimular a contribuição dos cidadãos, das famílias e das comunidades no melhoramento da qualidade dos serviços prestados. “Vamos trabalhar na criação de serviços e centros hospitalares de excelência e de referência a nível nacional, provincial e regional, equipados com novas tecnologias de diagnóstico, tratamento e reabilitação”, acrescentou.
Para combater a fome e a pobreza, o vice-presidente do MPLA disse que se pretende diminuir a desigualdade entre as pessoas e regiões do país, dar uma atenção especial aos programas relativos à diversificação da economia nacional, criar empregos e apoiar o empresariado nacional.
“Precisamos desenvolver, de forma programada, os sectores mais intensivos em mão de obra, para criar mais empregos, rendimentos e melhorar a qualidade de vida e o bem-estar dos angolanos”, reforçou, para defender igualmente o desenvolvimento acelerado de sectores como a agricultura, agro-indústria, pescas e outros que também criam emprego e garantem o desenvolvimento sustentado do país.