Tanques de água ilegais desactivados
Três tanques de água que abasteciam, ilegalmente, camiões-cisterna com água potável foram ontem desactivados da rede pública na zona do Lar do Patriota, município de Belas, por uma equipa de técnicos da Empresa Provincial de Águas de Luanda (EPAL).
Segundo o fiscal da EPAL, Éde Martins, os tanques estão instalados no interior de um estaleiro vedado com blocos de cimento e presume-se que seja propriedade da empresa Joaquim Alexandre & Filhos.
Resultado do trabalho de fiscalização realizado naquela zona, Éde Martins conta que na manhã de terça-feira observou vários camiões com capacidade de 30 mil litros que saíam do estaleiro abastecidos de água. “Eram sete camiões com capacidade de 30 mil litros que foram abastecidos a partir de duas girafas de água”, conta o fiscal.
Éde Martins disse que comunicou imediatamente aos colegas, de seguida começaram as buscas e descobriram uma conduta clandestina que transportava água para o referido estaleiro.
Com a visita ao interior do estaleiro, os técnicos confirmaram que a canalização era clandestina e procederam ao corte imediato da canalização.
A equipa de reportagem do Jornal de Angola procurou contactar sem sucesso o proprietário do estaleiro. Em declarações à imprensa, o porta-voz da EPAL, Domingos Paciência, confirmou o facto e disse que a conduta clandestina foi feita a partir de uma tubagem da EPAL para alimentar tanques de 120.000 e 200.000 metros cúbicos.
O caso, disse o porta-voz, já foi entregue ao Serviço de Investigação Criminal (SIC), que no mesmo dia procedeu à detenção dos trabalhadores do estaleiro que praticavam a acção de garimpo para serem apresentados em tribunal.
O porta-voz da EPAL lembrou ainda que na segunda-feira dois cidadãos foram detidos pelo Serviço de Investigação Criminal, no município do Cazenga, quando se faziam passar por funcionários da EPAL, cobrando dinheiro às pessoas em troca de um suposto cadastramento para posterior abastecimento de água da rede pública.
Os dois falsários foram apresentados ao Tribunal de Polícia, onde foram julgados em processo sumário e condenados a seis meses de prisão efectiva e ao pagamento de 70 mil kwanzas de