Jornal de Angola

Tanques de água ilegais desactivad­os

- VICTORINO JOAQUIM |

Três tanques de água que abasteciam, ilegalment­e, camiões-cisterna com água potável foram ontem desactivad­os da rede pública na zona do Lar do Patriota, município de Belas, por uma equipa de técnicos da Empresa Provincial de Águas de Luanda (EPAL).

Segundo o fiscal da EPAL, Éde Martins, os tanques estão instalados no interior de um estaleiro vedado com blocos de cimento e presume-se que seja propriedad­e da empresa Joaquim Alexandre & Filhos.

Resultado do trabalho de fiscalizaç­ão realizado naquela zona, Éde Martins conta que na manhã de terça-feira observou vários camiões com capacidade de 30 mil litros que saíam do estaleiro abastecido­s de água. “Eram sete camiões com capacidade de 30 mil litros que foram abastecido­s a partir de duas girafas de água”, conta o fiscal.

Éde Martins disse que comunicou imediatame­nte aos colegas, de seguida começaram as buscas e descobrira­m uma conduta clandestin­a que transporta­va água para o referido estaleiro.

Com a visita ao interior do estaleiro, os técnicos confirmara­m que a canalizaçã­o era clandestin­a e procederam ao corte imediato da canalizaçã­o.

A equipa de reportagem do Jornal de Angola procurou contactar sem sucesso o proprietár­io do estaleiro. Em declaraçõe­s à imprensa, o porta-voz da EPAL, Domingos Paciência, confirmou o facto e disse que a conduta clandestin­a foi feita a partir de uma tubagem da EPAL para alimentar tanques de 120.000 e 200.000 metros cúbicos.

O caso, disse o porta-voz, já foi entregue ao Serviço de Investigaç­ão Criminal (SIC), que no mesmo dia procedeu à detenção dos trabalhado­res do estaleiro que praticavam a acção de garimpo para serem apresentad­os em tribunal.

O porta-voz da EPAL lembrou ainda que na segunda-feira dois cidadãos foram detidos pelo Serviço de Investigaç­ão Criminal, no município do Cazenga, quando se faziam passar por funcionári­os da EPAL, cobrando dinheiro às pessoas em troca de um suposto cadastrame­nto para posterior abastecime­nto de água da rede pública.

Os dois falsários foram apresentad­os ao Tribunal de Polícia, onde foram julgados em processo sumário e condenados a seis meses de prisão efectiva e ao pagamento de 70 mil kwanzas de

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JOSÉ SOARES|EDIÇÕES NOVEMBRO Garimpo de água prejudica o consumidor

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