Banco Atlântico divulgou ganhos de 25 mil milhões
Crescimento superior a 46 por cento em relação ao ano anterior
O Banco Atlântico atingiu, no ano passado, um resultado líquido de 25 mil milhões de kwanzas, mais 46 por cento que os 13.445 milhões alcançados no ano anterior, anunciou ontem, em Luanda, o presidente do Conselho Executivo da instituição financeira.
Daniel Santos forneceu estes dados numa conferência de imprensa realizada para apresentar os resultados do exercício passado, o primeiro depois da fusão entre os antigos bancos Millennium Atlântico (BMA) e Privado Atlântico (BPA), um período em que todos os rácios evoluíram de forma robusta.
O produto bancário passou de mais de 65 mil milhões de kwanzas em 2015, para mais 84 mil milhões de kwanzas no ano seguinte, mais 23 por cento, e os custos operacionais passaram de 32 mil milhões para pouco mais 43 mil milhões, um crescimento de 33 por cento.
O rácio de “cost-to-income” (a relação entre os custos e os rendimentos) foi de 52 por cento em 2016, mais três pontos percentuais que em 2015 e a venda de divisas dez por cento em 2016.
O activo líquido foi mais de 94 mil milhões de kwanzas, registando um aumento de 9,00 por cento comparado com 2015, quando se situou em 85 mil milhões de kwanzas, o crédito a clientes ascendeu a 490 mil milhões de kwanzas, contra os 406 mil milhões em 2015 - mais 21 por cento.
Os recursos de clientes cresceram para 742 mil milhões de kwanzas , face aos 615 mil milhões de kwanzas de 2015 -mais 17 por cento - e o número de clientes aumentou para 980 mil.
Com a fusão, o Atlântico adoptou um programa estratégico para o período 2017-2021, o qual propõe que o banco se assuma como um parceiro de referência no investimento e coloque a realidade digital ao serviço dos clientes.
O Atlântico também projecta transformar o posicionamento enquanto banco universal, afirmarse como “banco inovador digital, ser uma organização ágil e orientada para o cliente” e deixar boa marca na sociedade.
Daniel Santos revelou que o Atlântico vai reforçar o investimento em 20 milhões de dólares num período de cinco anos, em “projectos criteriosamente seleccionados, que assentem no reforço de valores e do conhecimento, para prosperar”.
“A fusão alcançou um marco , ultrapassou desafios , assegurou o reforço de uma cultura única e foca-se numa nova instituição”, declarou o presidente do Conselho Executivo do Atlântico.
Daniel dos Santos disse que, embora os dois bancos trouxessem tecnologias diferentes, “foi desafiante para as duas equipas unirem-se num único ponto, mantendo o seu compromisso com os clientes e a uniformização da rede”. Prometeu que a instituição vai continuar a apoiar a diversificação da economia e contribuir para a geração de produtos e de emprego, para proporcionar a prosperidade das famílias, empresas e do país. “Temos a ambição de ser o banco que melhor serve todos os segmentos de clientes, incluindo as famílias de baixa renda e os pequenos e médios empreendimentos”, referiu.
A ambição do banco é, até 2021, chegar aos dois milhões clientes com base em mudanças na organização e na metodologia de trabalho, investimento de mais de 40 milhões de dólares na formação de recursos humanos e criação de centenas de postos de trabalho.