Jornal de Angola

Libolo e Inter decidem título

- ANAXIMANDR­O MAGALHÃES |

Recreativo do Libolo e Interclube discutem hoje a partir das 18h00, no Pavilhão Multiusos do Kilamba, de modo inédito, a final da 33ª edição da Taça de Angola em basquetebo­l sénior masculino.

Pela primeira vez na decisão do título, em mais de 30 anos de disputa da prova, o Interclube às ordens do português Alberto Babo tudo vai fazer para colocar na sua galeria o troféu da competição organizada sob a égide da Federação Angolana de Basquetebo­l (FAB).

Detentor de duas conquistas na segunda maior competição do país, o Libolo, orientado pelo espanhol Hugo López, está a um passo de fazer história, pois em caso de vitória soma a terceira taça consecutiv­a, igualando o feito alcançado pelo Petro, em 1996, 97 e 98. O 1º de Agosto é o único com quatro troféus ininterrup­tos, em 1985, 86, 87 e 88.

O histórico de jogos entre ambos, sete vitórias em igual número de partidas, permite atribuir o favoritism­o aos libolenses. Mas se tratando de uma partida de final, os polícias mesmo privados dos préstimos de um dos seus principais jogadores, o extremo-poste Fidel Cabita, a recuperar de lesão, podem transcende­r e vergar pela primeira vez o conjunto da vila de Calulo.

Os resultados equilibrad­os, 96-97 e 83-89, registados recentemen­te no primeiro e no segundo desafios das meias-finais dos “play-off”, 65-69 e 83-85, na fase regular, e 65-69, na fase de grupos, reforçam as esperanças da formação afecta ao Ministério do Interior.

As pesadas derrotas por 103-62 e 98-78, impostas por López e pupilos, obrigam a equipa de Babo a estar sob alerta, bem como a repensar as estratégia­s de como parar o ímpeto ofensivo do opositor.

Nos duelos directos, Eduardo Mingas, Milton Barros, Olímpio Cipriano, Valdelício Joaquim “Vander”, Benvindo Quimbamba, os norte-americanos Jekel Foster e Andre Harris marcaram 610 pontos (87,1 por encontro) e sofreram 532 (76 por jogo).

Gerson Domingos, Paulo Barros “Márcio”, Egídio Ventura, Alexandre Jungo, Paulo Santana e José Salvador tiveram saldo semelhante ao dos colegas, mas em sentido inverso. Deficitári­a no jogo interior, a equipa da Polícia é obrigada a apostar na transição rápida da defesa para o ataque e a ser consistent­e defensivam­ente, mas apelando aos deuses do desporto para que Cipriano, atleta imprevisív­el, devido à sua qualidade técnica individual, não esteja nos seus dias de eficácia próximos da excelência.

O 1º de Agosto, com 13 troféus na sua galeria, é a equipa com mais títulos da Taça de Angola, seguido pelo Petro de Luanda, com 12. O Recreativo do Libolo soma quatro ceptros, o ASA vem a seguir (dois) e o extinto Dínamos completa o palmarés (um).

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KINDALA MANUEL|EDIÇÕES NOVEMBRO Finalistas levam perfume do basquetebo­l angolano ao Pavilhão Multiusos do Kilamba

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