Cinema e música nacional levados à Bienal de Veneza
Uma delegação angolana chefiada pela ministra da Cultura, Carolina Cerqueira, seguiu ao princípio da tarde de quinta-feira para a Itália, onde o país vai estar representado a partir de hoje e até 26 de Novembro próximo na 57.ª edição da Bienal de Veneza, com uma exposição que reflecte a trajectória histórica a partir do cinema e da música popular.
Em declarações à Angop no aeroporto de Luanda momentos antes de deixar o país, a directora do Gabinete de Comunicação Institucional do Ministério da Cultura, Marlene Gomes, disse que quatro documentários e uma curta-metragem do cineasta e artista plástico António Ole vão estar em exposição no Pavilhão de Angola.
Sob o lema “Memória Magnética/Ressonância Histórica”, são exibidos os filmes “Carnaval da Vitória”, sobre o primeiro Entrudo de Luanda, em 1978, depois da proclamação da Independência Nacional, e “Ritmo do N’gola Ritmos”, que retrata a actividade de um grupo musical que desenvolveu nas décadas de 50 e 60 do século XX uma actividade cultural de conteúdo nacionalista.
Os documentários “No Caminho das Estrelas”, uma homenagem a Agostinho Neto, primeiro Presidente de Angola, “Conceição Tchiambula, um dia, uma vida”, que retrata a vida de uma camponesa na sua luta diária para manter a família, e o ensaio “Sem Título”, com enfoque em aspectos ambientais e de protecção da fauna, são também apresentados.
Carolina Cerqueira, que é a comissária do Pavilhão de Angola, faz-se acompanhar nesta missão pela secretária de Estado para a Cooperação, Ângela Bragança, e vai juntar-se aos curadores António Ole, Maritza Silva e Paulo Kussy.
Angola conquistou o Leão de Ouro na 55.ª Bienal de Veneza realizada em 2013, na sua primeira participação no certame, pelo conjunto da obra do fotógrafo Edson Chagas.