Estados Unidos e a China anunciam plano de acção
Os Estados Unidos anunciaram sexta-feira os primeiros resultados do plano de acção de cem dias com a China, que incluem uma licença para exportar carne de vaca e gás natural liquefeito para o país asiático. O secretário do Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, afirmou que o acordo é um passo significativo para impulsionar as exportações norte-americanas e reduzir o défice comercial com a China, a segunda economia mundial.
Será também acelerado o processo normativo para autorizar a venda de produtos de biotecnologia e o funcionamento de cartões de crédito norte-americanos na China, e o acordo abre portas à exportação de carne de aves chinesas para os Estados Unidos. Wilbur Ross assegurou que “não se trata apenas de acordos comerciais, mas antes de melhorar a capacidade das empresas e produtos norte-americanos para competir no mercado chinês”, enquanto Washington deve facilitar os investimentos chineses no país.
O secretário do Comércio qualificou os resultados como “sem precedentes nas relações bilaterais entre os EUA e a China” e fruto de negociações com Wang Yang, viceprimeiro-ministro do Conselho de Estado chinês. O plano de cem dias foi acordado pelos Presidentes Donald Trump e Xi Jinping, no primeiro encontro bilateral, em Abril passado, na Flórida. Durante a campanha eleitoral, Donald Trump acusou Pequim de concorrência desleal e de destruir postos de trabalho nos Estados Unidos, prometendo reduzir o défice comercial entre os dois países.
Custo da produção
Os custos de produção dos Estados Unidos registaram um crescimento de 2,5 por cento em Abril, face a igual mês de 2016, e tiveram uma subida de 0,5 por cento, indicou sexta-feira o Departamento do Trabalho norte-americano.
O aumento homólogo dos custos de produção dos Estados Unidos em Abril foi o mais alto desde Fevereiro de 2002, refere o comunicado do Departamento do Trabalho.
O crescimento dos custos de produção foi de 2,3 por cento durante o mês de Março, em termos homólogos, enquanto a variação mensal registou uma queda de 0,1 por cento, afirma o documento.
As vendas a retalho nos EUA subiram 0,4 por cento em Abril, contra 0,1 no mês de Março, um crescimento ainda assim abaixo dos 0,6 previsto pelos analistas, divulgou sexta-feira o Departamento do Comércio norte-americano.
O sector do retalho nos Estados Unidos parece retomar o ritmo de crescimento, depois de no primeiro trimestre ter subido menos que o esperado pelo mercado, penalizando assim, em parte, o crescimento da economia, disseram analistas internacionais citados pela imprensa.
As vendas a retalho em Abril no país, quando comparadas com igual mês do ano passado, cresceram 4,5 por cento.