Embaixador Tomas Ulicny desmente Voz da América
A União Europeia desmentiu ontem uma notícia divulgada pela rádio Voz da América no dia 13 de Maio, intitulada “Angola: Governo quer evitar observadores internacionais, diz União Europeia”.
De acordo com uma nota da UE enviada ao Jornal de Angola,o conteúdo da peça jornalística, assim como o seu título, baseiam-se num erro de interpretação das declarações do Director do Serviço Europeu para a Acção Externa, Emanuele Giaufret, que visitou Angola entre os dias 2 e 4 de Maio.
Na gravação das declarações disponibilizadas pela mencionada estação de rádio, esclarece o documento, pode ouvir-se claramente que o Director Emanuele Giaufret afirma, em espanhol, que “hemos entendido en nuestras conversaciones con las autoridades de Angola que podia haber interés en invitar observadores internacionales para las elecciones”.
“Traduzido para o português, isto significa que as autoridades angolanas teriam manifestado interesse em convidar observadores internacionais”, explica a nota, acrescentando que o cerne do erro reside na interpretação do verbo “invitar”, que significa convidar em Espanhol, mas que o jornalista entendeu como “evitar”.
Além disso, sublinha a nota, as declarações foram feitas pelo Director do Serviço Europeu para a Acção Externa, Emanuele Giaufret, e não pelo embaixador da Delegação da UE em Angola, Tomas Ulicny, como é referido na noticia da Voz da América.
“Lamentamos o erro, atenuado pelo facto de as declarações serem feitas em espanhol, mas ainda assim cabe ressaltar que os outros meios presentes durante as declarações não incorreram no mesmo erro e as notícias surgidas nos dias seguintes informaram correctamente que o Dr. Giaufret simplesmente informava do interesse das autoridades em convidar os observadores internacionais a estarem presentes durante o próximo pleito eleitoral”, refere o comunicado da UE.
Na nota, assinada pelo embaixador da delegação da União Europeia, Tomas Ulicny, aquela representação diplomática reitera a sua disposição em apoiar a Comissão Nacional Eleitoral, no fortalecimento da sua capacidade institucional e na realização do trabalho com os partidos políticos e demais actores relevantes e manifesta igualmente a sua disponibilidade em enviar uma missão para observar as eleições.