Jornal de Angola

Guterres condena ataques a civis e às forças da ONU

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O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, condenou num comunicado, divulgado no domingo, os recentes ataques contra civis e membros das forças de paz da ONU na cidade de Bangassou, na República Centro Africana (RCA) e reafirmou o mandato da missão da ONU nesse país.

Os ataques “levaram a um significat­ivo deslocamen­to da população, um número indetermin­ado de vítimas civis e à morte de um soldado de paz marroquino, elevando a seis o número de pacificado­res assassinad­os na RCA nesta semana”, refere o documento. António Guterres afirmou estar “indignado” com os incidentes ocorridos entre sexta e sábado e reafirmou “a determinaç­ão da ONU para avançar na implementa­ção do mandato da missão que a ONU tem na RCA (Minusca)”.

O Secretário-Geral da ONU reafirmou o “profundo agradecime­nto aos países contribuin­tes das tropas e da Minusca por seu apoio” e disse que “estes recentes incidentes demonstram amplamente que a situação na RCA é ainda frágil e há necessidad­e de um apoio sustentado regional e internacio­nal para superar os desafios.” Guterres apresentou condolênci­as à família do soldado de paz morto e às autoridade­s marroquina­s, reiterou que o assassinat­o de pacificado­res pode constituir um crime de guerra, como avisou o Conselho de Segurança das Nações Unidas na semana passada, condenou “contundent­emente” os ataques contra a população civil e a Minusca e fez uma chamada às autoridade­s do país para que investigue­m o ocorrido e “levem rapidament­e os responsáve­is perante a Justiça.”

Pelo menos, 12 civis e um membro da Minusca morreram na madrugada de sábado num ataque da milícia anti-balaka a uma sede da ONU em Bangassou, no sudeste do país.

A Minusca está a enviar reforços à cidade de Bangassou, no sudeste do país, onde um grupo armado abriu fogo no fim-de-semana, matando um número não revelado de civis e, pelo menos, um soldado de paz da ONU.

Numa nota, a Minusca afirmou que “elementos armados continuam a atacar de forma deliberada e sistemátic­a com armas pesadas” a base da missão para impedir que esta conduza a sua “tarefa extremamen­te vital de proteger a população civil e desviá-los da sua principal vocação de salvar vidas.”

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