Golfista sugere criação de estruturas
O capitão do Clube de Golfe de Luanda, Manuel Barros Pedro, sugeriu a criação de outras estruturas que se juntassem ao Ministério dos Desportos no sentido de atingir os objectivos preconizados para a modalidade.
Em declarações à imprensa, a propósito do Campeonato de Golfe, que decorre em Luanda, Manuel Barros Pedro afirmou que a expansão da modalidade não depende apenas da existência de campos, mas de um trabalho persistente em que todos se envolvam.
Na opinião do golfista, a modalidade não se expandiria apenas com a existência de mais campos, mas com um trabalho aturado em que todos os ministérios se envolvessem. “De qualquer maneira, é possível começar com algumas academias”, adiantou.
A instalação de driving range na cidade e nas zonas periféricas de Luanda levaria o golfe para as escolas, no entanto, é uma situação que passa por um trabalho ininterrupto, porque as pessoas não podem andar em plena cidade com os sacos de golfe às costas, precisam de apoios com viaturas e bolas.
Segundo o golfista, existe um grande problema em relação ao campo do Morro dos Veados, que dista 20 quilómetros do centro da cidade, porque as pessoas têm dificuldades em lá chegar, já que os transportes públicos não funcionam, para além de outras limitações financeiras que os cidadãos têm para frequentar o local. “Acho que deve haver um trabalho muito sério com cabeça, tronco e membros, para avançar com um projecto dessa natureza, do tamanho daquele que se pretende face às exigências a nível do nosso continente, integrando mais mulheres e jovens”, afirmou.
Recordou ainda que independentemente de o golfe ser uma modalidade desportiva, também é terapêutica, porque várias pessoas têm determinadas debilidades físicas que podem ser ultrapassadas praticando golfe.
Para além disso, prosseguiu, existe um outro proveito que as pessoas não se apercebem, pois nas voltas que fazem andando, podem fazer duas coisas: a primeira são os passeios, que as pessoas recebem de recomendação médica, devido ao stress da cidade de Luanda. A segunda é que jogando golfe num percurso de 18 buracos tem como beneficio a queima de aproximadamente 1.350 calorias, percorre-se cerca de 12 quilómetros a pé e isso é benéfico para qualquer idade e qualquer sociedade.
Manuel Barros não acredita na massificação da modalidade, mas admite que passos concretos para a organização do golfe podem ser dados. Questionado se o golfe é ou não um desporto caro, o capitão do clube de golfe diz que só é caro dependendo dos campos e clubes em que as pessoas se propõem ser sócios.
“No campo de golfe do Morro dos Veados, que é pelado, pode-se praticar pagando uma quota de 200 dólares por ano como sócio. Já os mangais têm custos mais elevados, porque precisam manutenção e o sócio precisa ter uma viatura em condições, para a sua deslocação, entre outras ofertas”, finalizou.