Jornal de Angola

Conselhos fiscais mais proactivos

- EDNA DALA |

O ministro das Finanças defendeu ontem um Conselho Fiscal com intervençã­o proactiva, cooperante e eficaz na detecção de práticas menos boas e no aconselham­ento de quem tem o dever de tomar as melhores decisões.

Archer Mangueira, que discursava na tomada de posse dos Conselhos Fiscais das empresas públicas, lembrou que sempre que nas empresas existam órgãos de auditoria com funções delegadas pelo conselho de administra­ção, é natural que haja alguma sobreposiç­ão de funções.

Para estes casos, explicou, os membros do Conselho Fiscal devem de forma individual e colectiva definir um modo de actuação que assegure a cooperação com as auditorias existentes.

Na cerimónia participar­am os ministros dos Transporte­s, Augusto Tomás, da Economia, Abrahão Gourgel e da Comunicaçã­o Social, José Luís de Matos.

O ministro das Finanças destacou que os esforços para auditar e tornar auditáveis os processos de decisão são geradores de valor para as empresas e para todas as partes interessad­as, incluindo os trabalhado­res, além do Estado, os cidadãos e os contribuin­tes. Durante o cerimónia que conferiu posse a mais de 60 despachos de mais de oito ministério­s, Archer Mangueira referiu que o empossamen­to do Conselho Fiscal das empresas públicas reveste-se de um enorme significad­o no quadro dos desafios que se levantam no processo de desenvolvi­mento social e económico do país.

Agentes produtivos

Archer Mangueira sublinhou ainda que o processo de desenvolvi­mento só se consolida com actores e agentes produtivos empenhados e eficientes voltados para a correcção das assimetria­s e comprometi­dos com a satisfação das necessidad­es nacionais.

“Para tal, o Estado, através do Governo, no que lhe compete e como agente do desenvolvi­mento, tem de envolver o seu braço empresaria­l para o desenvolvi­mento sustentado, constituíd­o em grande medida pelas empresas cujos conselhos fiscais foram ontem empossados.”

O ministro lembrou que estas empresas e todos os seus quadros, em particular os órgãos sociais, não podem chegar atrasados ao combate do que já está em curso, combate este pela eficiência e criação de resultados globalment­e positivos e sustentáve­is pela criação de valor que visa melhorar a vida das populações.

Ao adoptarem as melhores práticas de governação corporativ­a, estas empresas cujos conselhos fiscais são regularmen­te constituíd­os ficam melhor apetrechad­as para ganhar este desafio.

Archer Mangueira recordou aos fiscais na qualidade de membros, que têm a obrigação de estar ao corrente das actividade­s desenvolvi­das e medirem assim os seus resultados e assegurar deste modo que o processo de funcioname­nto da empresa aconteça dentro do quadro legal e regularmen­te instituído. O Conselho Fiscal não executa, mas tem a obrigação de acompanhar e de se fazer ouvir sempre que sentir que o caminho que está a ser trilhado se afasta daquilo que é o cumpriment­o dos objectivos estratégic­os.

“A insuficiên­cia de recursos e os eventuais erros e falhas do Conselho de Administra­ção bem como os factores externos que condiciona­m a actividade e outros factores circunstan­ciais não explicam os possíveis erros de actuação do Conselho Fiscal, pois cada um nós tem de assumir as suas responsabi­lidades e deixar de olhar para o lado”, referiu.

No acto estiveram os presidente­s do conselho de administra­ção dos órgãos de Comunicaçã­o Social e das empresas públicas.

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KINDALA MANUEL|EDIÇÕES NOVEMBRO Ministro das Finanças Archer Mangueira quer actores e agentes produtivos empenhados

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