Governo pede parceria privada no acesso às tecnologias de ponta
O Governo decidiu incentivar a participação do sector privado, na formação do mercado das tecnologias de informação e comunicação (TIC), com a oferta de oportunidades aos investidores, declarou ontem, em Luanda, o titular do pelouro.
O ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, José Carvalho da Rocha, acrescentou que o Governo conta com o sector privado para aplicar a estratégia do sector, assente na expansão do acesso aos serviços. “Temos um desafio, que é levar um serviço de comunicação com qualidade e preço acessível a todos os cidadãos, independentemente da região em que se encontram”, disse.
O ministro falava no encerramento de uma conferência consagrada ao investimento privado no sector das TIC, onde foram abordados os temas do quadro institucional, fontes de financiamento, oportunidades e desafios.
José Carvalho da Rocha apelou à formação de parcerias entre os sectores público e privado ao considerar que, “se todos unirem forças, será possível enfrentar os desafios do investimento nas infra-estruturas, na captação de investimentos e formação de quadros”, ou “se todos colaborarem, vamos cumprir com os nossos objectivos que é levar os nossos serviços à população”.
Na abertura, o secretário de Estado para as Tecnologias, Pedro Teta, apontou para a necessidade da formação da novas parcerias e o potencial de oportunidades do mercado das TIC, ao declarar que “acabou o tempo em que todas as empresas pretendiam ser provedores de serviços de telefonia móvel”.
O secretário de Estado acrescentou que “existem muitas áreas que não são cobertas por empresas nacionais e que podem ser sectores geradores de muitos empregos, fundamentalmente para os jovens”.
Pedro Teta notou que, graças aos procedimentos definidos no Livro Branco das TIC, no qual se define o papel dos diferentes protagonistas, o mercado passa por “um amplo e acelerado desenvolvimento” caracterizado pelo alinhamento entre a política sectorial e os programas do Executivo. O secretário de Estado referiu-se, também ao efeito multiplicador que os investimentos nas tecnologias de informação e comunicação produzem, em todas as economias a nível mundial. A conferência celebrou o Dia Mundial das Telecomunicações e das Sociedades de Informação, com uma exposição em que um dos participantes, Raimundo Joaquim, apresentou versões dos jogos populares angolanos “Nduta” e “Zera” com aplicativos três dimensões (3D).
O último foi premiado no concurso mundial da Microsoft de 2016 e o outro, em fase de desenvolvimento, é lançado nos próximos meses.
Participaram no encontro os representantes do sector empresarial como o presidente da Comissão Executiva da Bolsa da Dívida e Valores de Angola (BODIVA), Patrício Vilar, o presidente da Associação Industrial de Angola, José Severino,e o director-geral da SISTEC, Rui Santos