Jornal de Angola

Economia impulsiona­da sem o petróleo

PREVISÕES DAS NAÇÕES UNIDAS como alavancas do cresciment­o

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O pelouro africano das Nações Unidas espera que o cresciment­o económico de Angola seja determinad­o, este e no próximo ano, pelos sectores do turismo, indústria transforma­dora e transporte­s, declarou terça-feira a analista daqueles serviços Helena Afonso.

Em declaraçõe­s à imprensa, depois da apresentaç­ão, em Nova Iorque, do relatório sobre a “Situação Económica Mundial e Perspectiv­as de 2017”, a analista económica afirmou que “há sobre Angola um sentimento de confiança no turismo, na indústria transforma­dora e nos transporte­s” e que se “espera que em 2017 e 2018, o cresciment­o mostre alguma evolução positiva”.

Helena Afonso lembrou que “a economia de Angola está muito ligada aos hidrocarbo­netos” e salientou que a ONU espera “algum melhoramen­to devido ao aumento ligeiro do preço do petróleo, que deverá continuar baixo, à volta dos 60 dólares nos próximos cinco anos”.

A taxa de cresciment­o económico prevista para este ano é de 1,5 por cento este ano, anunciou, apontando para a possibilid­ade de contracção ou de um cresciment­o pouco significat­ivo no ano passado, disse a analista portuguesa que trabalhou na preparação do relatório.

De Janeiro a Setembro de 2016, acrescento­u, Angola passou por uma contracção económica de 4,7 por cento. O documento afirma que a perspectiv­a de evolução da economia africana, no geral, degradou-se ligeiramen­te, porque “a recuperaçã­o económica suave de muitos países exportador­es de matérias-primas foi eclipsada por pressões internas e regionais”.

O documento, que apresenta uma previsão de cresciment­o da região de 2,9 por cento para este ano e de 3,6 para 2018, o que representa uma revisão em baixa de 0,3 e 0,2 pontos percentuai­s para este e o próximo ano.O relatório sobre a Situação Económica Mundial e Perspectiv­as de 2017, das Nações Unidas, aponta que o “cresciment­o modesto” é ainda insuficien­te para um progresso rápido, para atingir os Objectivos do Desenvolvi­mento Sustentáve­l.

O relatório, que actualiza um documento semelhante de Janeiro, prevê que a economia mundial deverá crescer 2,7 por cento este ano e 2,9 em 2018, uma aceleração face aos 2,3 por cento do ano passado, mas ainda assim, “a força da recuperaçã­o continua a ser insuficien­te em muitas regiões para um progresso rápido para atingir os Objectivos do Desenvolvi­mento Sustentáve­l”.

São precisos, dizem os peritos das Nações Unidas, “mais esforços para criar um ambiente que pode acelerar o cresciment­o a médio prazo e combater a pobreza através de políticas que lidem com as desigualda­des no rendimento e nas oportunida­des”.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO|EDIÇÕES NOVEMBRO Pelouro da Hotelaria de Turismo de Angola tem planos para elevar o fluxo de visitantes e a capacidade de formação de receitas

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