Jornal de Angola

900 produtos fabricados por empresas nacionais

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Cerca de 900 produtos, de 91 micros, pequenas e médias empresas, apresentam actualment­e o selo de “Feito em Angola”, no âmbito de um programa governamen­tal lançado há cinco anos para incentivar o consumo de produtos nacionais.

De acordo com dados de Maio do Governo, no último ano aderiram ao programa “Feito em Angola” mais sete empresas, com 194 produtos nacionais de origem certificad­a.

Uma informação anterior prestada pela coordenado­ra do programa governamen­tal “Feito em Angola”, Ana Celeste, referia que o número de candidatur­as continuava a crescer, mas que nem todas as empresas reúnem os requisitos para ostentar este selo, tendo em conta o nível do Valor Acrescenta­do Nacional (VAN) de pelo menos 50 por cento, que é exigido.

“Algumas empresas importam produtos e embalam no território nacional, então estes produtos não podem ser considerad­os nacionais, ou melhor não são feitos em Angola”, explicou a responsáve­l, em declaraçõe­s anteriores.

A fábrica de tijolo angolana Cerâmica Industrial e Comercial (CIC), participad­a pelo grupo português Recer, que funciona desde 2013 em Luanda, após um investimen­to privado de 30 milhões de dólares (27 milhões de euros), é uma das que já ostenta o selo oficial “Feito em Angola”. Resultou numa unidade totalmente automatiza­da, através de transferên­cia de conhecimen­tos e tecnologia, processo assegurado pelo grupo Recer.

A actividade desta fábrica de origem portuguesa envolve a extracção de matéria-prima em Angola (argila e areia), emprega 50 trabalhado­res nacionais e já comerciali­za o tijolo que produz em várias províncias do país. De iniciativa portuguesa, mais de 90 por cento de tudo o que compõe a empresa é angolano, de acordo com a administra­ção da CIC.

Angola é o maior produtor de petróleo em África, mas vive uma profunda crise financeira, económica e cambial desde finais de 2014, devido à quebra nas receitas com a exportação de crude. Este cenário levou o Governo angolano a lançar há cerca de um ano um programa para diversific­ar a produção nacional, travar as importaçõe­s e aumentar as exportaçõe­s, garantindo assim novas fontes de divisas para a economia nacional.

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“Feito em Angola” ganha o mercado local

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