Vírus Zika pode ser usado no tratamento
Cientistas da Universidade de Cambrigde, no Reino Unido, acreditam que o vírus Zika pode ser usado no tratamento de tumor cerebral.
Num estudo pioneiro, cientistas vão testar o efeito do vírus sobre o glioblastoma, forma mais comum e agressiva de tumor no cérebro.
Segundo os pesquisadores, cerca de 2,3 mil pessoas são diagnosticadas por ano com esse tipo de cancro na Inglaterra e menos de cinco por cento dos pacientes sobrevivem mais de cinco anos à doença.
No seu trabalho, os cientistas vão tentar confirmar se o Zika pode destruir as células cancerosas no cérebro. Afirmam que os tratamentos existentes contra o glioblastoma são limitados por causa da incapacidade de atravessar a barreira hematoencefálica - estrutura que actua principalmente para proteger o sistema nervoso central - e do facto de que as doses devem ser mantidas baixas para evitar danos ao tecido saudável.
O vírus por sua vez, consegue atravessar a barreira hematoencefálica e poderia atingir as células cancerosas, poupando o tecido cerebral adulto normal e abrindo uma nova possibilidade de atacar a doença. “Esperamos mostrar que o vírus pode retardar o crescimento do tumor cerebral em testes de laboratório. Se pudermos aprender lições a partir da sua capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica e atingir as células-tronco, poderíamos ter a chave para futuros tratamentos”, disse Harry Bulstrode, da Universidade de Cambridge.
Mais de mil parteiras tradicionais de sete províncias do país foram formadas em registo de nascimento pelo Ministério da Família e Promoção da Mulher, no âmbito do projecto “Nascer com Registo”, disse ontem a coordenadora do projecto.
Os dados foram apresentados por Sandra Ernesto, na cerimónia de encerramento de mais uma acção formativa sobre o registo de nascimento, que beneficiou 50 parteiras tradicionais do município do Lubango.
Durante dois dias, as parteiras tradicionais do Lubango foram informados sobre questões como “Nascer com registo”, “Como obter o registo de nascimento e a sua utilidade” e “Importância da parteira tradicional na comunidade e no sistema nacional de saúde”.A acção formativa incluiu questões como “Higiene”, “Cuidados primários de saúde”, “Tratamento da malária durante gravidez”, “Acção pré-natal”, “Ajuda no parto e ao recém-nascido”, “Amamentação” e “Vacinação”.
Na Huíla estão inscritas na Associação Nacional mais de 12 mil parteiras tradicionais.
O projecto “Nascer com Registo” já beneficiou parteiras das províncias de Malanje, Luanda, Bié, Uige, Huíla, Huambo e Zaire, que também vão formar outras que vivem no interior destas localidades, para que possam ter conhecimento sobre a importância do registo.
As parteiras tradicionais têm desempenhado um trabalho relevante no seio das comunidades, onde realizam partos a mães sem condições para chegarem às unidades hospitalares.