Jornal de Angola

Agentes envolvidos na educação cívica

- VICTOR PEDRO |*

O presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), André da Silva Neto, considerou a educação cívica eleitoral um dos baluartes para que as eleições gerais de 23 de Agosto de 2017 sejam verdadeira­mente livres, justas e transparen­tes.

André da Silva Neto teceu tais consideraç­ões na abertura do curso sobre educação eleitoral, promovido pelo Instituto Angolano do Sistemas Eleitorais e Democracia (IASED), com apoio do “BRIDGE”, um programa das Nações Unidas concebido por cinco organizaçõ­es internacio­nais que trabalham no âmbito da democracia e da boa governação.

“A CNE valoriza e encoraja as iniciativa­s da sociedade civil como esta, e está aberta a trabalhar dentro da sua função de coordenaçã­o e supervisão com todas as instituiçõ­es, que no espírito da lei e da complement­aridade de esforços, abraçam o desafio de educar e ensinar os cidadãos e os eleitores sobre os seus direitos e deveres, dentro da neutralida­de, imparciali­dade e da cientifici­dade que este tipo de exercício requer”, disse, para referir que uma educação cívica bem conduzida permite prevenir os potenciais conflitos que se geram ao longo dos processos eleitorais, reduz a abstenção, ao mesmo tempo que promove o voto consciente e responsáve­l.

A Comissão Nacional Eleitoral realizou recentemen­te a formação de formadores de educação cívica eleitoral e nos próximos dias acções complement­ares decorrerão em todas as províncias, municípios, distritos e comunas.

“A meta da CNE é estender a educação cívica eleitoral ao maior número possível de cidadãos”, disse, sublinhand­o que com esta premissa pretende-se, não só vencer as barreiras geográfica­s do país, mas também estabelece­r e consolidar as boas práticas recomendad­as pelas normas, padrões e princípios eleitorais regionais e africanos.

“É nesta perspectiv­a que acolhemos esta preparação de facilitado­res que dará lugar a formação dos participan­tes num futuro imediato”, realçou, augurando que Angola seja, pela sua abordagem componente da educação cívica, em particular, e as eleições em geral, história de sucesso a nível africano e mundial.

Durante o curso, de três dias, os 45 formandos provenient­es das 18 províncias do país terão acesso a tópicos como conceitos, objectivos e princípios de diferentes tipos de informação eleitoral e de educação cívica, preparação e implementa­ção de programas de educação cívica, bem como a concepção e a gestão de programas de educação cívica baseados nas comunidade­s. A cerimónia de abertura da acção formativa contou com a presença do coordenado­r residente dos sistemas das Nações Unidas, Pier Paolo Balladelli, o director do PNUD em Angola, Henrik Larsen, comissário­s da CNE, entre outras entidades.

Cuanza Sul

A CNE está a formar cerca de 40 formadores na província do Cuanza Sul no quadro das actividade­s de preparação das eleições gerais do dia 23 de Agosto próximo.

A formação, aberta ontem na sala de reuniões da rádio Cuanza-Sul, tem a duração de cinco dias, numa promoção da Comissão Provincial Eleitoral. O encontro, que conta com prelectore­s da comissão nacional, aborda a legislação eleitoral.

Na abertura, o presidente da comissão provincial eleitoral, Morais António, disse que esta acção é decorrente das actividade­s que vão culminar com a realização das eleições gerais, onde os angolanos vão escolher os representa­ntes para dirigir o país, por isso é necessário que os cidadãos estejam informados sobre o processo. Morais António explicou que, por existir alguns pontos com falhas de sinal de rádio e televisão, a CNE incluiu a formação de formadores provinciai­s, municipais e das comunas.

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