Jornal de Angola

Parlamento aceita renúncia do imperador

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O Parlamento japonês aprovou na sexta-feira uma lei que permite ao imperador Akihito deixar o trono, abrindo assim o caminho para a primeira resignação no Japão em mais de 200 anos.

Numa intervençã­o transmitid­a pela televisão em Agosto do ano passado, Akihito, de 83 anos, surpreende­u, ao dar a entender que, por causa da sua idade, poderia tornar-se incapaz de manter o papel de “símbolo da nação e da unidade do povo.”

A lei aplica-se apenas a ele, que deverá ceder o trono ao filho mais velho, príncipe Naruhito, em data a ser estipulada por decreto num prazo de três anos após a promulgaçã­o.

O príncipe Naruhito admitiu em Fevereiro passado que estava preparado para assumir a função do pai, mas, devido à lei que rege a Casa Imperial, o imperador do Japão não está autorizado a abandonar o trono em vida, opção aberta excepciona­lmente agora.

Não se espera uma abdicação até pelo menos o final de 2018, segundo a imprensa japonesa. Se tudo ocorrer como o previsto, Akihito deve entregar o trono do Crisântemo no início de 2019.

Akihito, filho do imperador Hirohito, subiu ao trono em Janeiro de 1989, logo após a morte do pai, que viu o seu estatuto mudar em 1947, com a entrada em vigor da Constituiç­ão promovida pelo ocupante americano após a II Guerra Mundial. Akihito é o 125º. imperador desde o seu ancestral, Jimmu. A dinastia tem mais de 2600 anos.

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