Maquela dinamiza sector da piscicultura
A primeira pedra de construção de um entreposto comercial para os piscicultores do município de Maquela do Zombo, na província do Uíge, foi lançada sexta-feira no rio Luidi pela ministra das Pescas, Vitória de Barros Neto.
A obra foi consignada ao empreiteiro Crisgunza e vai ser erguida num período de seis meses, com duas câmaras de frio, uma antecâmara e uma área de descarga, o que a ministra considerou que vai possibilitar a conservação do pescado e a aquisição de ração.
Vitória de Barros Neto visitou, em Maquela do Zombo, projectos piscícolas da empresa Cuca, que detém 50 tanques para o cultivo de peixe, um número semelhante aos da Osmat, firma também visitada pela ministra, e uma unidade de produção do empreendedor Ricardo Kinkano Simão, com 13 tanques.
Na ocasião, a ministra fez aos piscicultores uma doação de 56 sacos de sal, 22 de peixe seco e 33 de ração para os peixes.
O município de Maquela do Zombo tem uma população estimada em 122.320 habitantes e fica localizada 310 quilómetros a norte da cidade capital do Uíge.
Curso de piscicultura
A ministra participou no encerramento de um curso básico de criação de peixe concluído sexta-feira por 62 aquicultores dos 16 municípios da província do Uíge.
Vitória de Barros Neto declarou que, com essa acção de formação, foram lançadas as bases para que a província do Uíge se transforme num pólo de fomento da aquicultura. Vitória de Barros Neto espera que os efeitos da formação se repercutam em toda região e o pescado a ser produzido na província sirva para o mercado interno e para exportação.
Vitória de Barros Neto apelou aos formandos para que apliquem nos seus empreendimentos as técnicas apreendidas, com base nas quais também devem elaborar projectos exequíveis.
Durante a formação de dois dias, os piscicultores apreenderam conteúdos como a definição de aquicultura, objectivos e a sua importância, classificação da aquicultura, construção e manutenção de viveiros, principais espécies e suas características, monitorização da qualidade de água, assim como nutrição e protecção de alimentos.
No seminário participaram piscicultores comunais, cooperativas e associações, mulheres processadoras de pescado.
A criação de peixe de aquicultura está a proliferar em Angola, envolvendo desde projectos experimentais à produção industrial em grande escala. O Executivo justifica a crescente aposta e investimento em aquicultura como forma de garantir a segurança alimentar e nutricional da população e de combate à fome, e a redução da pobreza no seio da população rural.