Projecto de dança promove a inclusão social
Transmitir e valorizar as danças nacionais, particularmente entre a juventude, é o principal objectivo do projecto cultural “Fenómeno do Semba”, que está a ser desenvolvido há três anos em Luanda.
Em declarações ontem ao Jornal de Angola, o bailarino e professor de dança Adilson Maiza disse que o projecto, iniciado em 2014, tem procurado realizar palestras e ministrar aulas de danças nos estilos semba, kizomba, tradicionais e afro-house como forma de ajudar a sociedade a perceber a importância da sua valorização na transmissão dos conhecimentos sobre as culturas dos povos.
Criado no Distrito da Maianga, o grupo composto por seis integrantes tem procurado expandir as suas actividades pelos bairros e distritos de Luanda, por formas o projecto congregar o maior número de crianças, adolescentes e adultos.
Actualmente, referiu Adilson Maiza, têm estado a trabalhar e a desenvolver as actividades culturais no Mártires do Kifangondo, na Associação 25 de Abril, na baixa da cidade, e na Petrangol, no distrito urbano do Sambizanga, de segunda a sexta-feira.
Adilson Maiza explicou para uma melhor qualidade no produto final na formação sobre dança tem sido desenvolvido um trabalho árduo pelo colectivo, de maneira a poder garantir o êxito do projecto.
Adilson Maiza avançou que individualmente, está a preparar uma digressão para Agosto, aos Estados Unidos, no Estado de Oregon, em parceria com um produtor e organizador de eventos norte-americano. O objectivo, sublinhou Adilson Maiza, é aproveitar a sua estadia no estrangeiro para trocar experiências e aumentar o seu nível de conhecimento sobre dança contemporânea e desta forma poder apresentar um trabalho com maior recurso às novas tendências e tecnologias.
Piris Kizomba, também integrante do projecto cultural “Fenómeno do Semba”, está a preparar uma digressão ao continente europeu, onde procura profissionalizar-se . Para a concretização, o bailarino e professor de dança, vai contar o apoio e colaboração da companhia de dança “Esmeralda”, formada em França. Durante a sua estada, Piris Kizomba vai ministrar palestras e participar em festivais, onde vai procurar interagir com outros bailarinos sobre as suas realidades artísticas e a evolução dos mais variados estilos de danças, desde o folclore ao moderno.
Embora reconheça os esforços do Ministério da Cultura e parceiros na criação de mais espaços culturais, Piris Kizomba espera maior envolvência dos empresários no apoio às iniciativas artísticas e culturais no país. Integram o projecto, os bailarinos Adilson Maiza, Piris Kizomba, Jony Valentino, Manuela Gonga, Telma André e Mariana Azevedo, e visa a valorização das danças como um elemento de inclusão social e de aproximação dos povos.