Concessionário de estradas eleva preço das portagens
A concessionária da estrada que liga a África do Sul a Moçambique, Trans African Concessions (TRAC), indica num comunicado divulgado na quinta-feira que na portagem de Maputo os veículos da classe 1 (motociclos e carros ligeiros com ou sem atrelado) passam a pagar 30 meticais (cerca de 75 kwanzas), contra os 25 actuais (65 kwanzas).
Os veículos da classe 2 (carga média até dois eixos) passam a pagar cem meticais (280 kwanzas) no lugar de 85 (235 kwanzas).
Para a classe 3 (veículos de carga pesada, com três ou quatro eixos) e classe 4 (de carga pesada com cinco ou mais eixos), as novas tarifas são 350 (970 kwanzas) e 500 meticais (1.381 kwanzas), respectivamente, contra os actuais 220 (610 kwanzas) e 370 (1.026 kwanzas).
Na portagem da Moamba, a cerca de 50 quilómetros de Maputo, as tarifas passam a ser de 150 meticais (411 kwanzas), 380 (1.045 kwanzas), 1.100 (três mil kwanzas) e 1.500 meticais (4.163 kwanzas) para os veículos de classe 1, 2, 3 e 4, respectivamente.
“Os ajustamentos das tarifas deviam ser feitos numa base anual, mas a TRAC não aumentava as tarifas das classes 1 e 2 desde 2013. Para as classes 3 e 4, a última subida de preços foi em 2014”, indica a empresa.
A nota indica que a TRAC investiu cerca de 1,8 mil milhões de meticais (4.984 milhões de kwanzas) nas obras de reabilitação das secções 17 e 18 da Estrada Nacional n.º 4 e na ampliação da portagem da Moamba.
Neste momento, estão em curso obras nas secções 16, 19 e 20 orçadas em 3.200 milhões de meticais (8.886 milhões de kwanzas).
Sem caminhos-de-ferro
Em Maio, o representante dos Caminhos-de-Ferro de Moçambique na África do Sul considerou que a circulação entre os dois países deste tipo de transporte considerado barato é irregular ou quase inexistente.
Fernando Mausse disse, citado pela imprensa moçambicana, que as autoridades sul-africanas bloquearam a circulação normal dos comboios de passageiros por causa da fragilidade do sistema de migração nos postos fronteiriços.
Enquanto na África do Sul se considera que muitos moçambicanos aproveitavam a fragilidade do controlo da migração para cruzarem a fronteira sem documentos legais de viagem, em Moçambique a interrupção é atribuída à degradação da linha férrea.
A circulação irregular de comboios afecta pessoas dos dois países, sobretudo vendedeiras moçambicanas que todos os dias viajam de e para África do Sul com diversos produtos, como mandioca e verduras, para vender em Joanesburgo e Pretória.