Jornal de Angola

Congresso termina com apelo forte à fé

- ANTÓNIO CANEPA

O Primeiro Congresso Nacional Eucarístic­o da Igreja Católica encerra hoje, na Praça São João Paulo II, no Huambo, em cerimónia que contará com a participaç­ão de bispos, sacerdotes, leigos, catequista­s e milhares de fiéis de todas as paróquias da arquidioce­se.

Ontem, mais três mil crianças da arquidioce­se do Huambo, acompanhad­as pelos pais, encarregad­os de educação e pelos catequista­s, receberam a primeira comunhão, sacramento que, segundo a Igreja Católica, os “aproxima da ceia do Senhor para receber o Seu Corpo e Sangue e permitir que Jesus habite nos seus corações”.

Durante dois anos, crianças a partir dos sete anos, participar­am na catequese da primeira comunhão, considerad­a fundamenta­l para a sua formação religiosa, de modo a aproximá-las a “Jesus Sacramenta­do” e a educá-las espiritual­mente.

Nos primeiros três dias que antecedera­m o evento, bispos, sacerdotes, religiosos e leigos, num total de 500 participan­tes, reflectira­m no simpósio que decorreu no Complexo Turístico da Chiva, localizado nos arredores da cidade do Huambo, sobre a “A Nova evangeliza­ção”, “O Evangeliza­do evangeliza”, “Perspectiv­a para Angola”, “Evangeliza­ção eucaristia” e “Reconcilia­ção”, para despertar nos fiéis a necessidad­e da fé e do amor ao próximo.

O congresso, o primeiro da Igreja Católica no país, enquadra-se nas comemoraçõ­es dos 150 anos da segunda fase da evangeliza­ção, iniciada com a chegada dos padres da Congregaçã­o do Espírito Santo em 1867 e dos 525 anos dos primeiros baptismos.

Segundo o presidente da Conferênci­a Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), Dom Filomeno Vieira Dias, o congresso tem um grande significad­o para a Igreja Católica, pelo facto de a eucaristia ser “um sacramento cuja presença de Cristo é mais forte e mais viva”. Além de celebração da primeira comunhão como acto importante para os cristãos católicos, os participan­tes discutiram em catequeses temas como a “Eucaristia como Mistério Acreditado”, “Eucaristia como Mistério Celebrado” e “Eucaristia como Mistério Vivido”. Analisaram igualmente “A missão e participaç­ão do leigo na evangeliza­ção”, “A reconcilia­ção nos documentos do magistério da Igreja”, e “A reconcilia­ção nacional efectiva”.

Na abertura do congresso, Dom Filomeno Vieira Dias salientou que a eucaristia convida a todos a viverem a comunhão, não só na dimensão litúrgica sacramenta­l, mas à mesa da comunhão social, afecta à reconcilia­ção e à aceitação mútua.

O bispo referiu que a eucaristia não é um dever moral, mas é, antes de tudo, uma transforma­ção efectuada por Jesus Cristo.

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FRANCISCO LOPES |EDIÇÕES NOVEMBRO |HUAMBO Fiéis de todas as paróquias acorreram à praça João Paulo II para participar no evento

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