Mercedes faz turnos em dez dias seguidos
Foram 24 horas por dia, dez dias sem parar. Esta foi a solução encontrada pela Mercedes para responder à Ferrari depois do GP do Mónaco de Formula 1.
A equipa italiana fez a primeira dobradinha da época em Monte Carlo com os Flecha de Prata em quarto e sétimo). A Mercedes precisava de responder à Scuderia já no GP do Canadá. E consegui-o, também com a sua primeira dobradinha - e os carros vermelhos também em quarto e sétimo.
Toto Wolff contou agora o segredo que esteve por detrás da resposta. “Depois do Mónaco percebemos rapidamente por que aconteceu o que aconteceu no domingo: muito mau. Mas precisávamos de voltar atrás e perceber o que tinha acontecido sexta-feira e sábado”, admitiu o director executivo da Mercedes, contando que “um grupo de engenheiros reuniu-se para aferir o que tinha acontecido”.
E o que se passou foi que “a qualquer hora do dia ou da noite, na fábrica, havia luzes acesas e pessoas a trabalhar com o simulador”. “Foram 24 horas por dia durante dez dias seguidos, e ninguém naquele grupo tirou um dia de folga”, revelou o austríaco: “Não há balas de prata neste desporto: trata-se de analisar dados e tirar conclusões.”
“Vimos todas as áreas: aerodinâmica, equilíbrio mecânico, trabalho de afinação, os próprios pneus e a forma como os pilotos guiam o carro”, especificou Wolff, mas com o homem forte da Mercedes a recusar que a dobradinha do Canadá tenha marcado uma viragem a favor da equipa alemã: “Nunca senti isso. O Mónaco foi duro, mas nunca entrámos em depressão”.
“Montreal foi bastante bom, mas eu não diria que os problemas estão resolvidos. Seguramente que os percebemos muito melhor, com mais dados valiosos, mas agora temos de seguir para Baku”, disse Wolff a olhar para a próxima prova do calendário, no dia 25.