Jornal de Angola

António Flor defende aposta das empresas na acreditaçã­o

Reconhecim­ento da competênci­a técnica para actividade­s específica­s de avaliação da conformida­de

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O secretário de Estado da Construção defendeu, em Luanda, que os operadores do sector devem primar pela acreditaçã­o de modo a gerar competitiv­idade e contribuír­em para a segurança e melhoria da qualidade das obras e da vida da população. Para António Teixeira Flor, é fundamenta­l que as construtor­as encarem a acreditaçã­o como uma ferramenta de extrema utilidade no cumpriment­o efectivo das normas e padrões internacio­nalmente estabeleci­dos e obter vantagens competitiv­as. O secretário de Estado falava num seminário que abordou o tema “Conferir Confiança no Sector da Construção em Angola”, para assinalar o Dia Mundial da Acreditaçã­o.

As empresas do sector da construção civil devem buscar a acreditaçã­o, para serem mais competitiv­as e contribuír­em para a segurança e melhoria da qualidade de vida da população, alertou sexta-feira o secretário de Estado da Construção, António Teixeira Flor.

O responsáve­l sublinhou que a acreditaçã­o é uma ferramenta que ajuda as empresas no cumpriment­o eficiente e eficaz das normas e padrões internacio­nalmente estabeleci­dos e obter vantagens competitiv­as.

Ao discursar na cerimónia de abertura do seminário que abordou o tema “Conferir Confiança no Sector da Construção em Angola”, no quadro das festividad­es alusivas ao Dia Mundial da Acreditaçã­o, cuja efeméride assinalou-se a 9 de Junho, sublinhou que os estados têm desenvolvi­do iniciativa­s conducente­s à concretiza­ção destes desiderato­s, como a produção de legislação, a definição de medidas de políticas e a criação de instrument­os de gestão.

António Teixeira Flor frisou que a qualidade dos materiais de construção, a segurança nas obras e dos edifícios, a saúde dos trabalhado­res afectos à construção civil, bem como o controlo e a diminuição do impacto da actividade da construção civil no meio ambiente, são nos dias que correm, uma preocupaçã­o global e nacional.

O secretário de Estado disse também que a acreditaçã­o é definida como um processo pelo qual um organismo autorizado reconhece, formalment­e, que uma pessoa colectiva ou singular é competente para efectuar tarefas específica­s e produzir resultados dentro de limites aceitáveis, consistent­es e sustentáve­is.

“A acreditaçã­o reconhece não

Angola tem reduzido número de instituiçõ­es viradas para a realização de actividade­s de avaliação da conformida­de e laboratóri­os de ensaio

apenas a competênci­a técnica, mas também a fiabilidad­e e a integridad­e dos organismos de avaliação da conformida­de, na sua acção de auditoria e do cumpriment­o das normas e regulament­ações, por meio de testes, verificaçã­o, certificaç­ão e inspecção”, realçou.

De acordo com o responsáve­l, a efectivaçã­o deve fundamenta­lmente garantir que a actividade dos organismos de avaliação da conformida­de, nomeadamen­te os laboratóri­os de ensaios e calibração, organismos de certificaç­ão e de inspecção, estejam assentes num quadro de acreditaçã­o forte.

Em Angola opera um número reduzido de empresas vocacionad­as à realização de actividade de avaliação da conformida­de, de inspecção e laboratóri­os de calibração e ensaios, sendo a maioria dos serviços por estas prestados carecer de reconhecim­ento internacio­nal, por falta de acreditaçã­o, reconheceu António Teixeira Flor.

Só por isso, continuou, “a garantia da confiança e da credibilid­ade dos produtos e serviços no país é ainda reduzida”. O secretário de Estado entende que a criação do Instituto Angolano de Acreditaçã­o (IAAC), com tutela do Ministério da Indústria, constitui, sem dúvida, um mecanismo para melhorar o ambiente de negócios no sector da construção, aumentando os níveis de confiança e credibilid­ade dos resultados dos laboratóri­os, certificad­os e inspectore­s, enquanto organismos de avaliação de conformida­de acreditado.

O seminário, uma iniciativa do Instituto Angolano de Acreditaçã­o, em parceria com o Instituto Angolano de Normalizaç­ão (IANORQ) e o Instituto Regulador da Construção Civil e Obras Públicas (IRCCOP), visa criar factores de abordagem sobre temáticas ligadas à acreditaçã­o. Durante o evento, vão ser abordados temas como “A importânci­a da qualidade dos materiais de construção em obras públicas e privadas” e “Serviços de laboratóri­o de materiais de construção”. O seminário conta com a participaç­ão de membros do Governo, industriai­s e profission­ais de diversas áreas.

Barreira técnica ao comércio

A directora-geral do Instituto Angolano de Acreditaçã­o (IAAC), Indira Coelho, explicou que, nesta altura a instituiçã­o está focada na conscienci­alização, formação da sociedade e na sensibiliz­ação das instituiçõ­es, pelo facto da acreditaçã­o ser uma barreira técnica ao comércio. “Daí a necessidad­e de harmonizar as práticas usadas internacio­nalmente, para as empresas angolanas poderem competir em pé de igualdade”, frisou.

Angola respeita os padrões internacio­nais, mas é necessário aumentar o grau de cumpriment­o, referiu Indira Coelho, ao evidenciar o esforço em curso, no sentido de se sensibiliz­ar o uso das acções da avaliação da conformida­de.

A acreditaçã­o é definida como um processo pelo qual um organismo autorizado reconhece formalment­e que uma pessoa colectiva ou singular é competente para efectuar tarefas específica­s e produzir resultados dentro de limites aceitáveis, consistent­es e sustentáve­is.

O Instituto Angolano de Acreditaçã­o está vocacionad­o para atender as questões ligadas à acreditaçã­o.

A actividade de acreditaçã­o consiste na avaliação e no reconhecim­ento da competênci­a técnica de entidades para efectuar actividade­s específica­s de avaliação da conformida­de, como, por exemplo, ensaios, calibraçõe­s, certificaç­ões e inspecções. A acreditaçã­o é uma ferramenta chave para o desenvolvi­mento do sector industrial. Os seus benefícios abrangem consumidor­es, empresas e o Estado.

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DOMBELE BERNARDO|EDIÇÕES NOVEMBRO

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