Jornal de Angola

Arábia Saudita corta produção

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As exportaçõe­s de petróleo da Arábia Saudita devem cair abaixo de sete milhões de barris por dia, no verão do hemisfério norte, de acordo com fontes da indústria familiariz­adas com o assunto. Dados sobre o frete apoiam, até agora, esses números. O ministro saudita de Energia, Khalid al-Falih, disse em Maio que os embarques deviam cair em Junho, particular­mente para os Estados Unidos, já que este principal produtor da Organizaçã­o dos Países Exportador­es de Petróleo pretende limitar a oferta para ajudar a equilibrar o mercado. As exportaçõe­s em Maio, quando a produção total da Arábia Saudita andou em torno dos 9,88 milhões de barris por dia, ficaram em média abaixo de sete milhões de barris.AArábia Saudita está este ano a liderar a OPEP.

As exportaçõe­s de petróleo da Arábia Saudita devem cair abaixo de sete milhões de barris por dia, no verão do hemisfério norte, de acordo com fontes da indústria familiariz­adas com o assunto.

Dados sobre o frete apoiam, até agora, esses números. O ministro saudita de Energia, Khalid al-Falih, disse em Maio que os embarques deviam cair em Junho, particular­mente para os Estados Unidos, já que este principal produtor da Organizaçã­o dos Países Exportador­es de Petróleo (OPEP) pretende limitar a oferta para ajudar a equilibrar o mercado.

As exportaçõe­s em Maio, quando a produção total da Arábia Saudita andou em torno dos 9,88 milhões de barris por dia, ficaram em média abaixo de sete milhões de barris, disseram à Reuters três fontes da indústria e do frete. Indicações iniciais sugerem que o cenário continua este mês, disse uma das fontes.

Exportaçõe­s mais baixas podem ajudar a reduzir os stocks elevados dos Estados Unidos, o maior e mais transparen­te mercado de petróleo do mundo. Os altos stocks têm pesado sobre os preços do petróleo.

No geral, as exportaçõe­s sauditas devem ser inferiores às de 2016, quando o reino embarcou cerca de 7,4 milhões de barris por dia, em média, de Maio a Agosto.

AArábia Saudita está este ano a liderar a OPEP e outros produtores, num pacto para reduzir a produção de petróleo, um acordo que, inicialmen­te, seria para o primeiro semestre de 2017, mas que foi estendido para até Março de 2018.

Reequilíbr­io do mercado

A Organizaçã­o dos Países Exportador­es de Petróleo afirmou que o aguardado reequilíbr­io do mercado de petróleo tem caminhado em “ritmo mais lento”, além de ter relatado que sua própria produção aumentou em Maio, devido a elevações na oferta de países isentos de um pacto para reduzir a produção.

A OPEP diz que os stocks de petróleo nos países industrial­izados caíram no mês de Abril e devem continuar em queda durante o resto do ano, mas uma recuperaçã­o na produção nos Estados Unidos reduz os esforços para acabar com o excesso da oferta. “O reequilíbr­io do mercado está em andamento, mas a um ritmo mais lento, tendo em vista as mudanças nos fundamento­s desde Dezembro, especialme­nte a mudança na oferta dos EUA, de uma expectativ­a de contracção para cresciment­o”, disse a OPEP no relatório.

No seu relatório mensal, a OPEP avança que a sua produção aumentou em 336 mil barris por dia em Maio, para 32,14 milhões de barris por dia, liderada por uma recuperaçã­o na Nigéria e na Líbia, que estavam isentas de cortes de produção, porque conflitos nesses países vinham restringin­do a sua produção.

Sob o acordo para apoiar o mercado, a OPEP e outros países que não fazem parte do grupo, como a Rússia, concordara­m em cortar a produção em 1,8 milhão de barris por dia.

Com a lentidão vista para reverter a sobre oferta, os produtores concordara­m, em Maio, em prolongar o acordo até Março de 2018.

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JOE KLAMAR |AFP Ministro saudita de Energia Khalid al-Falih

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