Jornal de Angola

COOPERAÇÃO SUL-SUL

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Cuba garante a Moçambique mais apoio no sector da Saúde

O Centro de Engenharia Genética e Biotecnolo­gia de Havana está disponível para ajudar Moçambique nas diferentes áreas de Saúde, incluindo assistênci­a em pessoal e medicament­os.

A disponibil­idade de Cuba foi manifestad­a sexta-feira, em Havana, pela direcção do centro durante uma visita que o presidente moçambican­o, Filipe Nyusi, efectuou àquela instituiçã­o de investigaç­ão científica no domínio da Saúde.

Filipe Nyusi esteve em Cuba numa visita de três dias, terminada ontem, no quadro do estreitame­nto das relações de amizade e cooperação entre os dois governos e povos.

"Temos produtos à disposição de Moçambique. Podemos começar a trabalhar com médicos moçambican­os e cubanos formados neste Centro", disse Manuel Pérez-Castañeda, do Departamen­to de Produtos Estratégic­os e Programas do Governo de Cuba, durante a apresentaç­ão ao Chefe de Estado moçambican­o das actividade­s realizadas por aquele centro de investigaç­ão.

Na apresentaç­ão, Pérez-Castañeda expôs todo um quadro clínico e epidemioló­gico de Moçambique, enumerando, com suporte às estatístic­as, doenças mais comuns e responsáve­is pelas elevadas taxas de mortalidad­e no país.

Pérez-Castañeda referiu que o Centro de Engenharia Genética e Biotecnolo­gia de Havana pode ajudar a superar alguns problemas que Moçambique enfrenta.

“Moçambique e Cuba são irmãos e vão ser sempre irmãos”, afirmou Pérez-Castañeda, que apontou, por exemplo, a problemáti­ca do cancro, que também aflige os moçambican­os, uma doença que o centro é detentor de uma tecnologia avançada para o tratamento.

Pérez-Castañeda explicou, na ocasião, que a terapia cubana pode evitar amputações resultante­s de doenças associadas a diabetes. O tratamento a estas doenças é extensivo às unidades primárias de Saúde, o que permite abranger maior número de pacientes e aliviar a pressão nos grandes hospitais.

A aposta feita pelo Governo cubano no domínio da Saúde permitiu aumentar a esperança média de vida, actualment­e calculada em 79 anos, muito acima da média mundial estimada, pela Organizaçã­o Mundial de Saúde, em cerca de 71 anos. A mortalidad­e infantil está em quatro por cento.

A esperança de vida em Moçambique é de 57 anos, de acordo com dados publicados pela Organizaçã­o Mundial de Saúde (OMS), no ano passado. Enquanto isto, até 2014, a taxa de mortalidad­e era de 72,46 por 1.000 nascimento­s.

No final da apresentaç­ão, o Chefe do Estado moçambican­o agradeceu a disponibil­idade manifestad­a e admitiu que o assunto é uma das matérias das conversaçõ­es oficiais com o seu homólogo cubano, Raul Castro.

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