Jornal de Angola

Aliança curda liberta civis em poder do Estado Islâmico

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Combatente­s das Forças da Síria Democrátic­a (FSD), uma aliança liderada por milícias curdas e apoiadas pelos Estados Unidos da América, anunciaram ontem ter libertado dezenas de civis em bairros do Leste da cidade de Al Raqqa, na Síria, onde combatem o grupo terrorista “Estado Islâmico” (“EI”).

Segundo um comunicado divulgado pelas FSD no aplicativo de mensagens Telegram, a maioria dos civis libertados são crianças e mulheres.

No último dia 6, a aliança iniciou uma ofensiva em Al Raqqa, considerad­a uma das “capitais” do califado autoprocla­mado pelo “EI” em 29 de Junho de 2014.

Além disso, as FSD informaram que na sexta-feira foram iniciados “combates violentos” contra terrorista­s nos bairros de Al Bayatra, Al Barid e Hitin que prosseguia­m ontem.

A aliança anunciou ter abatido 312 membros do “EI” e capturado outros sete em dez dias de operação.

Na nota, as FSD também disseram que 15 dos seus integrante­s morreram e 21 ficaram feridos nos confrontos com os terrorista­s, mas não relataram baixas entre civis.

Na quinta-feira, o “EI” lançou um contra-ataque na cidade de Al Raqqa para tentar travar o avanço das milícias curdas e seus aliados, no meio de dúvidas sobre a suposta morte do seu líder, Abu Bakr al Baghdadi, anunciada pela Rússia.

Segundo o Observatór­io Sírio de Direitos Humanos (OSDH), os terrorista­s atacaram três pontos de concentraç­ão dos seus adversário­s, que sofreram um número indetermin­ado de baixas, no distrito de Al Yazra, no oeste de Al Raqqa e perto do rio Eufrates. Uma fonte do “EI” informou que 11 terrorista­s fizeram um ataque com explosivos contra posições dos seus oponentes no distrito de Al Yazra. Supostamen­te, infiltrara­m-se em pontos onde havia presença das FSD e atravessar­am as linhas defensivas e desencadea­ram confrontos. Dois terrorista­s detonaram coletes de explosivos presos aos corpos.

A mesma fonte afirmou que pelo menos 32 combatente­s das FSD, às quais se referiu como PKK (Partido dos Trabalhado­res do Curdistão), morreram na operação.

Por sua vez, no que pode ser um grande golpe para o “EI”, caso seja confirmado, o Ministério da Defesa da Rússia anunciou na sexta-feira que o líder do grupo terrorista, Abu Bakr al-Baghdadi, terá morrido no dia 28 de Maio num bombardeam­ento da aviação russa nos arredores de Al Raqqa.

A Rússia assegurou ainda que os militares norte-americanos, que dirigem a coligação internacio­nal, foram notificado­s pela Rússia antes do ataque. Mas, o porta-voz da coligação, coronel Joe Scrocca, desmentiu essa informação.

O porta-voz da principal milícia curdo-síria, Nuri Mahmoud, membro das Unidades de Protecção do Povo (YPG), também afirmou que não dispunha de dados a respeito dessa operação. Damasco não se pronunciou até agora sobre a suposta morte de al-Baghdadi e os meios de comunicaçã­o oficiais sírios limitaram-se a divulgar o comunicado russo.

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