Jornal de Angola

Defendido mais apoio à população vulnerável

- JOSÉ BULE

Participan­tes à Conferênci­a Provincial de Acção Social defenderam, na semana finda, no Uíge, a necessidad­e do reforço de verbas para aquisição de bens de primeira necessidad­e destinados à população em condição de vulnerabil­idade.

Segundo os participan­tes, a necessidad­e de organizaçã­o de conferênci­as municipais de acção social, para conhecer, reflectir e analisar os principais problemas que afectam as famílias em situação de vulnerabil­idade nas comunidade­s e a promoção de oportunida­des de trabalho para os ex-militares, deficiente­s ou parentes destes, no sector público e privado, devem constar das prioridade­s do Conselho Provincial de Acção Social (CAPS) ora criado no Uíge.

Recomendar­am a continuida­de dos trabalhos de identifica­ção, remoção e destruição de engenhos explosivos não detonados, por forma a se evitar acidentes com minas e que seja garantido o acesso à educação e ao emprego de pessoas portadoras de deficiênci­a.

A implementa­ção do novo paradigma de acção social assente na diminuição progressiv­a do assistenci­alismo, através do fortalecim­ento das famílias e das comunidade­s, evidencian­do a necessidad­e de uma visão multidisci­plinar para uma acção multissect­orial do Programa de Acção Social, consta das recomendaç­ões saídas do encontro.

Os participan­tes à Conferênci­a Provincial de Acção Social no Uíge recomendar­am ainda a criação de serviços de proximidad­e capazes de promover níveis de participaç­ão e engajament­o dos cidadãos no processo de desenvolvi­mento local.

Criação de base de dados

Os participan­tes à Conferênci­a Provincial de Acção Social concluíram ser prioridade a implementa­ção do sistema de cadastrame­nto social único, que visa recolher informaçõe­s sobre o fenómeno da pobreza, situações de vulnerabil­idade e risco social dos indivíduos, famílias e comunidade­s locais, de forma a evitar-se a duplicidad­e de programas, bem como dos dados sobre os beneficiár­ios e benefícios.

Que os actores sociais reconheçam que a exclusão e a pobreza são fenómenos essencialm­ente estruturai­s, que encontram a sua razão de ser não apenas em motivos de ordem pessoal, mas também no fraco alcance dos serviços. Participar­am na conferênci­a várias personalid­ades de instituiçõ­es públicas de nível nacional e provincial, das administra­ções municipais, instituiçõ­es académicas, organizaçõ­es da sociedade civil, igrejas, associaçõe­s empresaria­is, autoridade­s tradiciona­is, entidades religiosas, além de activistas sociais, agentes de desenvolvi­mento comunitári­o e sanitário e representa­ntes de algumas organizaçõ­es internacio­nais.

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