Quase metade das vítimas ainda por ser identificadas
Até ontem à tarde já estavam identificadas 24 das 62 vítimas mortais do incêndio que deflagrou no sábado na localidade de Pedrógão Grande e alastrou aos concelhos vizinhos de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra, em Portugal.
A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, deu a conhecer que das identificações até então feitas pelo Instituto de Medicina Legal não havia nenhum cidadão estrangeiro.
“Há um trabalho todo de identificação que está a ser muito acelerado. Existem vítimas que é mais fácil a sua identificação e outras que exigem outro tipo de testes mais complementares, mas penso que é um trabalho que está a decorrer com celeridade e em breve estará concluído”, afirmou.
A ministra explicou que as equipas de bombeiros só podem progredir no terreno se tiverem condições de segurança, porque a prioridade número um é a salvaguarda de vidas humanas.
Segundo o comandante operacional da Protecção Civil, Elísio Oliveira, alguns meios aéreos, nomeadamente aviões pesados, já estão a operar em alguns sectores.
“É um trabalho demorado. Vamos verificar como é que vai ser o evoluir da situação ao longo da tarde. Mas esta é uma situação complexa em que todos os operacionais que estão no terreno estão a dar o seu melhor para o mais rapidamente possível dominarmos este incêndio”, disse, explicando que os bombeiros em algumas frentes já estavam em operações de rescaldo e noutras ainda estavam activos a enfrentar os fogos.
Os gestos de solidariedade dos portugueses para com os seus concidadãos afectados pelo incêndio foi de tanta generosidade, desde o início, que a ministra da Administração Interna veio a público apelar para que fossem suspensos. “Estamos a assistir a uma enorme vaga de solidariedade e é de louvar. No entanto, queria fazer um apelo: o facto de as pessoas estarem a dar muitos mantimentos está neste momento a causar-nos algumas dificuldades de logística, porque ficamos com excesso de alimentação”, disse.