Situação no Congo é considerada calma
A situação de segurança na República do Congo (Brazzaville) é considerada “calma”,garantiu ontem em Luanda o embaixador congolês em Angola, Jean BaptisteDzangue, após o encontro com o ministro da Defesa Nacional.
O diplomata congolês reagia às informações que apontam para a ameaça da expansão da insegurança no seu país por parte de grupos armados.Em declarações à imprensa à saída do encontro com o ministro da Defesa Nacional, Jean BaptisteDzangue salientou que nenhum país está livre de acções terroristas, tendo realçado que o Governo do seu país tomou as medidas necessárias para assegurar o normal funcionamentos das instituições.
“Posso dizer que são grupos de fanáticos religiosos que usam o povo como escudo. Existem guerras assimétricas onde não conhecemos devidamente quem é o inimigo. Precisamos de combater este tipo de terrorismo”, disse o diplomata congolês.
Jean Baptiste Dzangue referiu que o seu país realizou recentemente um referendo que resultou numa nova Constituição da República, sendo que o Presidente Dennis Sassou Nguesso, à semelhança de outros políticos, apresentou a sua candidatura e foi eleito vencedor.
O diplomata informou que as eleições legislativas e locais estão em preparação e contam com a participação de um número considerável de candidatos a deputados.
Em fim de mandato, depois de cumprir uma missão de nove anos em Angola, Jean BaptisteDzangue valorizou as relações com Angola e lembrou que na última quinta-feirao ministro João Lourenço foi portador de uma mensagem do Presidente José Eduardo dos Santos para o seu homólogo Denis Sassou Nguesso. O diplomada sublinhou que no plano político os dois presidentes sempre estiveram juntos. “Angola e a República do Congo são países irmãos. Por exemplo, existem interesses no plano económico e os peritos de ambos os Estados estão empenhados em melhorar a cooperação”, disse o embaixador, para garantir que não existem problemas ao longo da fronteira comum.
Jean BaptisteDzangue falou também do acordo estabelecido pelos dois países para explorar petróleo na zona económica comum e afirmou que este é um caso inédito no mundo.
Ainda ontem, o ministro João Lourenço recebeu em audiência o comandante das Forças de Defesa do Zimbabwe, general ConstantineChiwenga,com quem abordou essencialmente o quadro das relações bilaterais no domínio da Defesa. À saída do encontro com o ministro da Defesa Nacional, o oficial generalzimbabueano não prestou qualquer informação à imprensa.