Jornal de Angola

Estados Unidos e China reforçam a cooperação

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Autoridade­s norte-americanas e chinesas reúnem-se hoje em Washington para aprofundar o diálogo diplomátic­o e de segurança entre as duas potências mundiais e discutir temas relacionad­os com a questão norte-coreana, anunciaram fontes oficiais.

O ministro chinês dos Negócios Estrangeir­os, Yang Jiechi, e o chefe do Estado-Maior do Exército Popular de Libertação, Fang Fenghui, reúnem-se com o titular da diplomacia norte-americana, Rex Tillerson, e com o chefe do Pentágono, Jim Mattis.

Em Abril, o Presidente Donald Trump recebeu o seu homólogo chinês, Xi Jinping, na sua residência de Mar-a-Lago, na Florida com quem analisou aspectos ligados com as relações bilaterais entre os dois países e temas de política internacio­nal. A retórica hostil à China durante a campanha presidenci­al deu lugar a uma aproximaçã­o.

No mês passado, a China e os EUA assinaram um acordo, embora limitado, de abertura recíproca dos seus mercados. E Terry Branstad, governador de Iowa e amigo de Xi Jinping, foi confirmado pelo Senado como embaixador americano na China.

Mas os pontos de tensão permanecem, especialme­nte em relação à situação nas águas disputadas do Mar da China Meridional. Acima de tudo, os Estados Unidos gostariam que a China exercesse uma pressão real sobre o Governo norte-coreano, liderado pelo Presidente Kim Jong-Un.

A Coreia do Norte será a principal questão a ser discutida neste primeiro “diálogo diplomátic­o e de segurança Estados Unidos-China”, segundo Susan Thornton, vice-secretária de Estado para a Ásia-Pacífico.

“Continuamo­s a pedir à China para usar a sua influência sobre a Coreia do Norte, incluindo por meio da plena aplicação das sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas” destinada a afrouxar o programa nuclear norte-coreano, disse ela.

Apesar das sanções internacio­nais, a Coreia do Norte é acusada de possuir um pequeno arsenal de armas nucleares e desenvolve­r mísseis balísticos que poderiam ameaçar o Japão, Coreia do Sul e talvez cidades americanas num futuro próximo.

Os Estados Unidos da América têm cerca de 28.000 soldados estacionad­os na Coreia do Sul, bem como uma frota poderosa na região. Mas a sua pressão diplomátic­a e económica é limitada, esperando-se por isso um entendimen­to entre Pequim e Washington sobre o assunto.

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