Uso contínuo de aspirina é um risco
As pessoas com mais de 75 anos que tomam aspirina diariamente para evitar ataques cardíacos enfrentam um risco significativamente elevado de sangramento grave ou mesmo fatal e devem ingerir medicamentos para azia para minimizar o perigo, revela um estudo britânico.
Entre 40 e 60 por cento das pessoas com mais de 75 anos na Europa e nos Estados Unidos tomam aspirina todos os dias, estimaram estudos anteriores, mas as implicações do uso a longo prazo em pessoas idosas permaneceram incertas até agora.
O estudo revela que a maioria dos testes clínicos envolve pacientes com menos de 75 anos.
O estudo foi dividido igualmente entre os idosos com idade superior a 75 e pacientes mais jovens. Foi examinado um total de 3.166 britânicos que sofreram infarte ou acidente vascular cerebral (AVC) e que tomavam medicação para diluir o sangue para evitar uma recorrência.
Os pesquisadores enfatizaram que as descobertas não significam que pacientes idosos devem parar de tomar aspirina. Em vez disso, recomendam o uso amplo de medicamentos para azia, como omeprazol, que podem reduzir o risco de sangramento gastrointestinal superior de 70 a 90 por cento.
Perigo reconhecido
Enquanto a aspirina (inventada pela Bayer em 1897), agora amplamente disponível), é vista como inofensiva, o sangramento é um perigo reconhecido. Peter Rothwell, um dos autores do estudo, disse que tomar medicamentos antiplaquetários como
Estudo indica procedimentos para pessoas que ingerem aspirina com frequência
aspirina impediu um quinto dos ataques cardíacos e derrames cerebrais recorrentes, mas também levou a cerca de três mil mortes por sangramento em excesso, anualmente, apenas no Reino Unido.
Benefícios
A maioria dessas mortes envolveu pessoas com mais de 75 anos. “Em pessoas com menos de 75 anos, os benefícios de tomar aspirina para prevenção secundária após um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral compensam claramente o risco relativamente pequeno de sangramento. Essas pessoas não precisam se preocupar” disse Rothwell.
“Nas pessoas com mais de 75 anos, geralmente o risco de um sangramento grave é maior, mas o ponto chave é que esse risco é substancialmente evitável, tomando inibidores da bomba de prótons junto com a aspirina”, completou o pesquisador. O presidente da Faculdade de Medicina Farmacêutica, Alan Boyd, que não esteve envolvido no estudo, considera que os benefícios da aspirina compensam os riscos de sangramento em todos os pacientes e que a nova pesquisa forçaria uma reavaliação.
Rothwell, director do Centro de Prevenção de Acidentes Vasculares Cerebrais e Demência na Universidade de Oxford, e colegas descobriram que a taxa anual de sangramentos graves ou fatais era inferior a 0,5 por cento em menores de 65 anos, aumentando para 1,5 por cento nos idosos com idades entre 75 e 84 anos e quase 2,5 por cento para as pessoas com mais de 85 anos.
Um total de 706 deficientes visuais, controlados pela Associação dos Cegos e Amblíopes de Angola (ANCAA), nos municípios de Puri, Quimbele, Songo e Uíge, vai beneficiar de formação em empreendedorismo, anunciou o coordenador provincial da associação.
Fernando Dala, disse que esta acção vai permitir aos deficientes visuais a criação de pequenos negócios. O primeiro grupo começou a ser formado ontem, na cidade do Uíge e é dirigido a chefes de família na condição de deficientes visuais.
Na abertura do primeiro ciclo de da acção formativa, Fernando Dala disse que, depois da acção de orientação e mobilidade realizada no ano transacto, a associação avança agora com este projecto. “Aformação tem o apoio da Associação Norueguesa dos Cegos, que disponibilizou valores para compra de kits e para criação de pequenos negócios a serem entregues aos beneficiários de acordo com a actividade que cada membro pretende realizar ”, disse.
O coordenador da ANCAA, na província do Uíge, avançou que o projecto se enquadra na estratégia do Governo de combate à fome e à pobreza nas camadas mais vulneráveis, sobretudo dos deficientes visuais. Sublinhou que o objectivo é potenciar os chefes de família na condição de deficientes para deixarem de depender de parentes e gerarem as suas próprias fontes de sustento.
“A formação vai ter em conta, acimas de tudo, o tipo de negócio que cada pessoa pretende desenvolver, mas estará virada para panificação e pastelaria, gestão de cantinas, entre outras iniciativas. O beneficiário deve ter o seu espaço e nós apoiamos apenas na aquisição dos produtos para comercialização”, acrescentou.
Nzolamesso João, formador de Empreendedorismo, avançou que, com esta iniciativa, se pretende mostrar que, apesar das limitações, os deficientes visuais são capazes de criar e gerir negócios.
Durante a formação, vão ser abordadas matérias como “Introdução e objectivos do empreendedorismo”, “Empreendedorismo corporativo e start-up”, “Capacidade de assumir riscos” e “Identificação de oportunidades”.