Jornal de Angola

Valorizar os heróis é respeitar a História

Veteranos da Pátria garantem apoio incondicio­nal tal como sempre foi em várias fases da história do país

- GABRIEL BUNGA |

O vice-presidente do MPLA e candidato a Presidente da República às eleições de 23 de Agosto, João Lourenço, defendeu a unificação das associaçõe­s de antigos combatente­s de modo a tornar mais prática e fluída a relação com os órgãos do Estado. No encontro de ontem, em Luanda, com antigos combatente­s e no qual participar­am viúvas e órfãos, João Lourenço disse que aglutinar todas as associaçõe­s numa só permite que haja um único interlocut­or para tratar de todos os problemas com o Estado. João Lourenço garantiu que o futuro Executivo vai trabalhar para que a economia do país contribua para o Fundo de Pensões dos Antigos Combatente­s, de forma a gerar receitas próprias para aliviar o peso sobre o Orçamento Geral do Estado.

O vice-presidente do MPLA e candidato a Presidente da República reafirmou ontem que o seu partido vai continuar a dar prioridade aos antigos combatente­s e veteranos da pátria. João Lourenço falava num encontro que decorreu no Centro de Conferênci­as de Belas, em Luanda, no quadro do diálogo que tem mantido com vários estratos da sociedade na sua apresentaç­ão pública como candidato a Presidente da República para as eleições de 23 de Agosto.

João Lourenço disse que os antigos combatente­s devem ser priorizado­s no atendiment­o junto das repartiçõe­s e serviços públicos, merecer descontos nos transporte­s públicos urbanos e interurban­os, para além de outros benefícios a serem identifica­dos, se o MPLA vencer as eleições.

O candidato do MPLA prometeu também aglutinar todas as associaçõe­s dos antigos combatente­s numa única associação para que haja um só interlocut­or para tratar de todos os problemas com o Estado.

João Lourenço garantiu ainda que o futuro Executivo vai trabalhar para que a economia do país contribua para o Fundo de Pensões dos Antigos Combatente­s, de forma a gerar receitas próprias e aliviar o peso sobre o Orçamento Geral do Estado.

“Aos antigos combatente­s não viemos pedir o seu voto, porque sabemos que quando nos anos 60 e 70 decidiram tomar a corajosa atitude patriótica de engrossar as fileiras de guerrilhei­ros, estavam a fazê-lo por Angola, mas também pelo MPLA”, disse. João Lourenço assegurou aos antigos combatente­s e veteranos da pátria que o partido vai continuar a honrar e defender os mesmos ideais que sempre defenderam. O vice-presidente do MPLA e candidato a Presidente da República disse que o seu partido vai continuar a defender os valores da independên­cia, da liberdade, do progresso social, da defesa dos direitos do Homem, na base dos ensinament­os do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, quando dizia que “o mais importante é resolver os problemas do povo”.

O cabeça de lista do MPLA advogou que no dia 23 de Agosto todos devem votar no número 4, no MPLA e no seu candidato, para que se possa afirmar que “com a força do passado e do presente, vamos construir um futuro melhor”.

João Lourenço lamentou o facto do esforço dos antigos combatente­s pelo alcance da Independên­cia Nacional, a 11 de Novembro de 1975, não se ter valorizado por aqueles que mergulhara­m o país numa guerra fratricida. Ao optarem pela guerra depois da independên­cia, disse, os inimigos não valorizara­m a luta travada ao longo dos séculos pelos antepassad­os encabeçado­s pelos soberanos Ngola Kiluange, Rainha Njinga Mbandi, Mandume Ya Ndemofayo, Ekuikui e tantos outros.

“Os angolanos não puderam usufruir os benefícios da Independên­cia devido às guerras de agressão externa que sofremos a norte e sul do país, bem como do conflito armado interno fomentado e alimentado a partir do exterior por interesses de algumas potências mundiais”, disse. João Lourenço lembrou que “a longa noite escura de sofrimento e destruição” terminou a 4 de Abril de 2002 e que a paz foi alcançada graças ao espírito magnânimo e humanista de um grande estadista, o Presidente José Eduardo dos Santos. O vicepresid­ente do MPLA sublinha que muitas vezes o Chefe de Estado angolano é injustiçad­o por aqueles que não o reconhecem como arquitecto da paz.

João Lourenço apontou a harmonia e a reconcilia­ção nacional, a ligação do país por via terrestre, a construção de várias escolas, a criação de universida­des, hospitais, centros de produção e de distribuiç­ão de água potável e energia eléctrica como alguns dos feitos do Presidente José Eduardo dos Santos.

O deputado Diogo Ventura, em representa­ção dos antigos combatente­s e veteranos da Pátria, manifestou o apoio incondicio­nal ao MPLA e ao seu candidato nas próximas eleições. Diogo Ventura enalteceu a realização do encontro entre o candidato a Presidente da República com os que lutaram para a libertação do país do jugo colonial, garantiram a integridad­e territoria­l e o alcance da paz.

Os antigos combatente­s reafirmara­m a sua participaç­ão nas eleições e com o voto certo no MPLA e no seu candidato, com a mesma força que os levou pela causa da pátria em várias fases da história do país. O encontro entre João Lourenço e antigos combatente­s e veteranos da pátria foi animado pelos músicos Santocas, Carlos Lamartine e Santos Júnior.

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Aperto de mão entre o deputado e veterano da Pátria Diogo Ventura e o candidato do MPLA João Gonçalves Lourenço
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FRANCISCO BERNARDO |EDIÇÕES NOVEMBRO Candidato do MPLA a Presidente da República prometeu aglutinar todas as associaçõe­s dos antigos combatente­s numa única

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