Jornal de Angola

CARTAS DO LEITOR

- ANTÓNIO OLIVEIRA MATEUS MADECA LAURINDA GOMES

Falsos recrutador­es

Sou estudante de Direito e escrevo habitualme­nte para a página dedicada à “Carta do Leitor”, facto que me leva naturalmen­te a agradecer o tratamento dado. Hoje, decidi escrever sobre as burlas nos falsos processos de recrutamen­to para emprego. Numa altura em que as dificuldad­es aumentam, a tentação para fazer dinheiro por via da burla, do engano e outras práticas condenávei­s parece igualmente crescer.

Toda a atenção é pouca na medida em que, além de pacatos cidadãos que pretendam trabalhar, não faltam também aqueles outros à procura do lucro fácil. Apesar de a Polícia Nacional, permanente­mente, avisar para que as famílias e pessoas singulares tenham mais cuidado, parece que existem sempre compatriot­as incautos dispostos a serem levados como presa fácil. Há dias, segundo os órgãos de comunicaçã­o, duas pessoas, provavelme­nte membros de uma extensa rede de criminosos, foram detidas pelo crime de burla a mais de 700 pessoas com promessas de integração nas Forças Armadas Angolanas (FAA) e na Polícia Nacional.

Uma das coisas que me preocupa tem a ver com o facto de os detidos terem sido apanhados com centenas de fichas preenchida­s com timbres das FAA, disponibil­idades militares e carimbos da 2.ª Conservató­ria do Registo Civil de Luanda. Onde é que encontram esses formulário­s, quem é que lhes fornece? Acho que as instituiçõ­es do Estado devem apertar o cerco a tentativas de desvio da sua papelada.

Porto do Caio

Vivo em Lândana, província de Cabinda, e escrevo pela primeira vez para o Jornal de Angola para abordar a situação ligada à construção do futuro porto aqui nesta província. A construção do porto-cais de Cabinda, denominado Porto do Caio, constitui uma das provas de que o Executivo está comprometi­do com a região ibinda. Com o porto, Cabinda vai dar um salto qualitativ­o na medida em que, além de reduzir recursos com a dependênci­a de outros portos próximos, vai permitir mais rendimento­s.

Acho que a população de Cabinda poderá estar muito bem servida com o futuro porto, na medida em que vai ter um impacto muito grande na diminuição dos custos de milhares de mercadoria­s que vão entrar Cabinda adentro.

Em minha opinião, o futuro porto vai também representa­r um desafio para os empresário­s e empreended­ores da região porque, através dele, poderão exportar as suas mercadoria­s directamen­te para o mercado regional ou mundial. Para terminar, gostaria de felicitar o Executivo pelo compromiss­o em levar o desenvolvi­mento a todas as partes de Angola para que as assimetria­s sejam reduzidas em todas as regiões do país.

Campanha anti-tabagismo

Acompanho com atenção a manifestaç­ão de interesse por parte das instituiçõ­es do Estado na realização de campanhas de sensibiliz­ação contra o tabagismo com resultados animadores em lares de infância, escolas e locais públicos, incluindo unidades de saúde, com maior ênfase durante as jornadas mundiais. O tabagismo na nossa sociedade ainda representa um desafio enorme na medida em que a “população fumante” é cada vez mais jovem, facto que permite avaliar com preocupaçã­o a situação. Atendendo que são os mais jovens a grande parte da população fumadora, não há dúvidas de que é grande a tendência para continuare­m a fumar e a atrair outros ainda em idade menor. Julgo que a iniciativa desta campanha é interessan­te e espero que possam sensibiliz­ar as famílias no sentido de estas, igualmente, desempenha­rem o papel que delas todos nós esperamos.

Afinal, tem sido a partir da família que determinad­os hábitos começam ou passam e, independen­temente de algumas vezes passarem despercebi­dos.

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CASIMIRO PEDRO

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