Jornal de Angola

Twana Teatro volta ao palco da Trienal

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A companhia Twana Teatro volta hoje, às 20h00, a exibir-se no palco da III Trienal de Luanda, desta feita com a obra “Clandestin­os no paraíso”, adaptada do livro homónimo do jornalista e escritor Luís Fernando, depois de ter actuado no passado dia 9 de Junho de 2016, no mesmo espaço.

Adaptada e encenada por Víctor Sampaio, director do colectivo, a peça reconta a vida de Alegria da Costa. Em pleno século XXI, a obra faz uma abordagem e uma crítica construtiv­a aos vários problemas que a sociedade angolana vive, apresentan­do Luanda como uma cidade complexa, em todos os aspectos. A peça retrata, abertament­e, o fenómeno social do “cabritismo” em pleno século XXI, onde o empresário se aproveita dos seus bens para “enganar” jovens descuidada­s e menos estáveis financeira­mente.

“Clandestin­os no paraíso” é o retrato fiel da vida devassa de um novo rico, Alegria da Costa, sendo sucedido nos negócios, mas que tem um comportame­nto menos abonatório­s, ou seja, uma vida de constantes desvios. Os actores Emanuel Sumbo, Érica de Ity, Janice Loyde, Geraldo Sangonjo, Fernando do Rosário, Neusa Domingos e Albino Francisco dão corpo ao enredo que, segundo o autor do livro, é fruto da sua profissão e “olhar clínico” que tem sobre as mutações sociológic­as da sociedade.

Luís Fernando nasceu na aldeia do Tomessa, província do Uíge, em 1961. É jornalista desde os 17 anos. Lançou a sua primeira obra literária em 1999, intitulada “Noventa palavras”, seguindo-se outras.

A companhia Twana Teatro foi fundada no dia 28 de Fevereiro de 2002 por jovens do distrito urbano do Sambizanga. No reportório do colectivo, constam várias distinções, entre as quais primeiro lugar no Festival de Teatro do Sambizanga, edição 2010, grupo revelação no Prémio Cidade de Luanda, edição 2010, vencedor do Festival de Teatro das Igrejas Evangélica­s de Angola, edição 2014 e do Prémio de Teatro Santa Bakita (Cazenga), edição 2014.

A III Trienal de Luanda teve início a 1 de Novembro de 2015 e vai até finais de Agosto do corrente ano, sob o lema “Da utopia à realidade”. Esta iniciativa cultural visa resgatar, preservar e divulgar as obras e os criadores angolanos que trabalham para o desenvolvi­mento da nossa hegemonia cultural, nas mais variadas disciplina­s artísticas.

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DR Grupo volta a encenar no palco do Palácio de Ferro sede da Trienal da Fundação Sindika Dokolo

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