Adido defende colaboração entre os Estados
O adido de Defesa do Brasil em Angola, coronel Cláudio da Silva, defendeu, em Luanda, acções conjuntas dos Estados para combater o terrorismo. O coronel brasileiro falava na palestra dirigida aos deputados, sobre as consequências do terrorismo mundial, numa das salas da Assembleia Nacional.
A cooperação internacional é essencial na troca de informações sobre dados da rede dos terroristas, indicou o adido militar do Brasil, para quem o combate ao terrorismo de forma isolada mostra-se ineficaz.
Como exemplo e ferramenta na colheita e partilha de dados sobre o terrorismo, Cláudio da Silva citou a Polícia Internacional (Interpol). O coronel disse que os principais indícios de identificação de determinados actos terroristas têm a ver com a existência de dados sobre a lavagem de dinheiro, falsificação de passaportes, tráfico de drogas e entrada de emigrantes ilegais nos países. O oficial superior salientou que o conceito de terrorismo é complexo por ser um fenómeno multinacional e que abrange todos os estratos sociais.
“É errado começar a investigação de acções terroristas pelos pobres”, afirmou, alertando que qualquer pessoa, além do seu estrato social pode praticar actos de terrorismo. Também disse que o terrorismo não se deve confundir com a religião Islâmica.
O adido de Defesa do Brasil no país disse que o principal receio que o mundo tem do terrorismo é o impacto da sua propaganda, que atinge, sobretudo, os jovens. Cláudio da Silva lembrou que os terroristas usam vários meios para difundir a sua propaganda, sobretudo, a Internet, realçando que através deste meio de comunicação as pessoas mais visadas têm sido as crianças e os jovens.
Para o coronel Cláudio da Silva é necessário educar as crianças sobre os cuidados a ter com as novas tecnologias de informação. “Tudo deve começar na família”, alertou.
O adido de Defesa do Brasil defendeu a necessidade dos Estados terem serviços de inteligência integrados. Durante a palestra organizada pela quarta comissão da Assembleia Nacional, que trata de questões de segurança nacional, os deputados colocaram várias questões.