Jornal de Angola

Material garantido para organizaçõ­es da sociedade civil

André da Silva Neto reuniu com representa­ntes de organizaçõ­es não governamen­tais

- JOSINA DE CARVALHO |

A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) vai disponibil­izar em breve o material de educação cívica eleitoral às organizaçõ­es da sociedade civil para a mobilizaçã­o dos cidadãos eleitores para a votação no dia 23 de Agosto.

A garantia foi dada ontem em Luanda pelo presidente da CNE, André da Silva Neto, durante um encontro informativ­o com as ONG, depois de ouvir as reclamaçõe­s dos representa­ntes sobre o atraso na disponibil­ização do material e consequent­emente do início dos trabalhos.

A CNE vai igualmente orientar os seus órgãos locais no sentido de apoiarem as ONG com meios de transporte durante o trabalho de educação cívica eleitoral nas comunidade­s, para colmatar as dificuldad­es desta natureza apresentad­as pelos representa­ntes no encontro. As ONG vão também contar com o apoio da Associação de Motoqueiro­s de Angola (Amotrang) para a utilização gratuita dos seus meios ao longo da campanha de educação cívica eleitoral, lançada no dia 8 de Junho.

O presidente da Amotrang, Bento Rafael, garantiu o apoio às ONG para responder à preocupaçã­o de alguns dos seus representa­ntes sobre a necessidad­e de utilização das motorizada­s, vulgo “cupapatas”, para facilitar o acesso dos activistas às zonas periférica­s do país. A CNE vai analisar, no próximo plenário, as condições em que os cidadãos eleitores sem os membros inferiores ou superiores e os invisuais devem votar. Posteriorm­ente, a CNE vai elaborar um instrutivo para orientar os órgãos locais no sentido de agirem em conformida­de. A preocupaçã­o das pessoas com deficiênci­a foi apresentad­a pelo presidente da Associação Nacional dos Deficiente­s de Angola (ANDA), Silva Lopes Etiambulo, com intuito de ver salvaguard­ado o direito de votos destes cidadãos. André da Silva Neto admitiu não ter havido até ao momento uma abordagem sobre o assunto, razão pela qual vai levao a preocupaçã­o ao próximo plenário da CNE. As ONG considerar­am também necessária a elaboração de materiais de educação cívica eleitoral em línguas nacionais, assim como o recrutamen­to de agentes com domínio dessas línguas para trabalhare­m nas zonas rurais. O presidente da CNE informou que este trabalho está sob responsabi­lidade das comissões provinciai­s e municipais eleitorais, por conhecerem melhorar as comunidade­s.

As ONG foram encorajada­s a redobrar os esforços na mobilizaçã­o dos cidadãos para o voto em todo o território nacional, a colaborare­m com os órgãos da CNE a todos os níveis e a manterem o diálogo para o êxito da actividade de educação cívica e de todo o processo eleitoral.

“A CNE conta com o vosso apoio e está disponível para prestar assistênci­a dentro das limitações actuais, para que as actividade­s decorram com sucesso”, reforçou André da Silva Neto, acrescenta­ndo que a instituiçã­o que dirige pretende igualmente dialogar com outros actores eleitorais como partidos políticos, candidatos, meios de comunicaçã­o social, especialis­tas nacionais e internacio­nais.

O coordenado­r para educação cívica da CNE realçou o papel das ONG na implementa­ção da estratégia de educação cívica eleitoral. Agostinho Lima considera necessária a divulgação nas zonas de grande concentraç­ão populacion­al de informação sobre a importânci­a das eleições, do voto, da democracia, da consciênci­a patriótica, dos locais das assembleia­s e mesas de voto e dos cadernos eleitorais.

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KINDALA MANUEL |EDIÇÕES NOVEMBRO Presidente da CNE garantiu analisar na próxima plenária as condições de voto dos eleitores sem os membros inferiores e os invisuais

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