RESPOSTA ÀS SANÇÕES
Rússia cancela reunião com os EUA e estuda mais medidas de retaliação
O vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Riabkov, anunciou ontem o cancelamento de uma reunião com o subsecretário de Estado norte-americano para os Assuntos Políticos, Thomas Shannon, devido às novas sanções dos EUA contra o país.
De acordo com o portal de notícias russo Sputnik, Sergei Riabkov e Thomas Shannon tinham marcado uma reunião para hoje na Rússia, no âmbito das consultas sobre a normalização das relações entre os dois países.
Mas o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo citou Serguei Riabkov que referiu que “a situação não é propícia para realizar uma ronda desse diálogo” e criticou os EUA por “não terem proposto nem proporem nada específico” . As relações bilaterais continuam tensas, embora a Casa Branca considere agendar uma reunião entre o Presidente Donald Trump e o seu homólogo Vladimir Putin à margem da cimeira do G20 no próximo mês, em Hamburgo, na Alemanha, segundo a agência noticiosa norte-americana Associated Press.
Os Estados Unidos da América anunciaram na terça-feira um reforço das sanções impostas à Rússia pelo seu presumível apoio aos activistas separatistas na Ucrânia e pela anexação da Crimeia, que visam 38 indivíduos e entidades. Uma porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Heather Nauert lamentou a decisão russa e acrescentou que esta seria uma oportunidade para os dois países discutirem os obstáculos da relação bilateral.
Heather Nauert disse que os EUA continuam disponíveis para conversações com a Rússia, apesar do cancelamento anunciado pelo Governo de Moscovo. A porta-voz da diplomacia norte-americana salientou que as sanções “não surgiram do nada”.
A porta-voz disse que a Rússia sabe o que deve fazer para que as sanções sejam levantadas e frisou que as medidas vão manter-se até que a Rússia cumpra os acordos relacionados com a Ucrânia e abandone a península da Crimeia.
Heather Nauert concluiu que este reforço foi decidido para “contrariar as tentativas de contornar as sanções” norte-americanas.