Portugal volta a liderar as importações
Portugal voltou a ser o país que mais vendeu a Angola no ano de 2016, apesar de o volume de negócios ter reduzido 12 por cento face ao ano de 2015, superior a 1,6 mil milhões de euros, o suficiente para destronar a China, que durante mais de três anos foi o nosso principal fornecedor.
Os dados constam do anuário do comércio externo de 2016, elaborado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O documento refere que Portugal atingiu uma quota de 14,89 por cento de todas as importações angolanas, equivalente a 342.517 milhões de kwanzas (1.630 milhões de euros).
A China viu as compras angolanas caírem 36 por cento de 2015 para 2016, para uma quota de 12,54 por cento, equivalente a um volume de negócios de 253.884 milhões de kwanzas (1.373 milhões de euros).
Os Estados Unidos da América tornaram-se no terceiro principal país fornecedor de Angola, com um volume de negócios em todo o ano de 2016 superior a 217.719 milhões de kwanzas (1.770 milhões de euros), que correspondem a uma quota de 10,75 por cento.
No plano inverso, a China reforçou a sua posição de maior comprador de Angola, com uma quota de 45 por cento das exportações angolanas de 2016, essencialmente petróleo. Isto traduziu-se em vendas globais de 2,187 mil milhões de kwanzas (11,8 mil milhões de euros), um crescimento superior, em valor, a 28 por cento, face às compras realizadas pela China em 2015.
O petróleo bruto representou um peso de 93 por cento de todas as exportações angolanas no último ano. No segundo lugar, a Índia também aumentou as suas compras a Angola, na ordem de 4,92 por cento, que em 2016 atingiram os 330.894 milhões de kwanzas (1.789 milhões de euros) e uma quota de 6,89 por cento do total, seguida pelos Estados Unidos, com uma quota de 5,11 por cento e compras no valor de 245.698 milhões de kwanzas (1,328 mil milhões de euros), um aumento de 54 por cento face ao ano de 2015.
Portugal foi apenas o nono destino das exportações angolanas, representando um volume de negócios de 153.536 milhões de kwanzas (830 milhões de euros), um aumento de 8,28 por cento face a 2015, mas, ainda assim, uma quota de 3,20 por cento.
Globalmente, as exportações angolanas aumentaram 18,76 por cento no ano passado, para um volume de negócios total de 4,803 mil milhões de kwanzas (25,9 mil milhões de euros), enquanto as importações caíram 22,37 por cento, para 2,024 mil milhões de kwanzas (10,9 mil milhões de euros).
Em 2016, a balança comercial de Angola, incluindo ainda reimportações e reexportações, registou um saldo positivo de 2,779 mil milhões de kwanzas, o equivalente a 15 mil milhões de euros, praticamente o dobro, face ao resultado de 2015.