Lopito Feijóo apresenta livro no Grémio Literário de Lisboa
O escritor Lopito Feijóo lança hoje, às 18h30, no Grémio Literário de Lisboa, o seu mais recente livro, “Imprescindível Doutrina Contra”, cuja apresentação está a cargo do académico e jornalista José Jonuel Gonçalves e da historiadora e escritora Ana Paula Tavares.
Segundo o programa previsto, a cerimónia conta também com uma intervenção e acrescidas considerações do veterano escritor Luandino Vieira que, na condição de editor, mestre e amigo, vai fazer uma breve alusão ao conjunto da obra do autor.
“Imprescindível Doutrina Contra” é uma obra poética com cerca de uma centena de páginas editada pela luso-caboverdiana Rosa de Porcelana Editora e com distribuição prevista para os outros espaços falantes de língua portuguesa em África e no mundo.
Em jeito de prefácio, o livro conta com um inédito de José Creveirinha - gentilmente cedido pelos herdeiros do Prémio Camões moçambicano - e está estruturado em três partes a que o autor metaforicamente denomina “instâncias”. Conta ainda com o posfácio “Da Contundência de uma Doutrina” assinado por Helder Simbad, jovem escritor e crítico literário integrante do Centro de Estudos Literários Literágris, com sede em Luanda.
Na primeira parte da obra, “Contra a sorte e o sofrimento”, o poeta denuncia as assimetrias que se perpetuam nos países africanos, que encontram em governantes e dirigentes políticos o principal obstáculo para o progresso que se exige.
Na segunda parte, “Contra a morte e o esquecimento”, Lopito Feijóo dá ênfase ao ponto de vista filosófico e existencial tendo em conta a corrente ideia da morte, em regra geral, associada ao esquecimento. Na terceira e última parte ou “instância”- como considera o autor -, “O imprescindível amor sempre”, revela-se na sua multiplicidade. O amor por via do qual o poeta revela a sua capacidade de trazer o erótico sublime sem atravessar a fronteira do pornográfico.
Segundo Hélder Simbad no posfácio da obra, os leitores do poeta, nas páginas de “Imprescindível Doutrina Contra”vão encontrar “um Lopito mais jovem, porque actual, actualizado e actuante. Mais preocupado com os últimos (sub)desenvolvimentos e principais fenómenos sociopolíticos ocorridos em África e principalmente em Angola”.