Jornal de Angola

“Angola 2050” pauta projectos

Ministro da Administra­ção do Território falou da Estratégia de Longo Prazo “Angola-2015”

- Madalena José

O ministro da Administra­ção do Território alertou ontem para a necessidad­e de se ter em conta o processo de revisão da estratégia de longo prazo “Angola 2025” e a sua extensão para 2050, na preparação dos instrument­os de planeament­o do ciclo 20182022. Bornito de Sousa discursou na abertura do quarto Conselho Consultivo do Ministério do Planeament­o,

O ministro da Administra­ção do Território, Bornito de Sousa, declarou ontem, em Luanda, que para a preparação dos instrument­os de planeament­o do ciclo 20182022 deve-se ter em atenção o processo, em curso, da revisão da Estratégia de Longo Prazo (ELP) “Angola 2025”, e sua extensão para o horizonte 2050.

Discursand­o na abertura do quarto Conselho Consultivo do Ministério do Planeament­o, Bornito de Sousa também acrescento­u para a preparação dos referidos instrument­os de planeament­o, a necessidad­e de alinhament­o e convergênc­ia com os compromiss­os internacio­nais das Agendas Global 2030 e Africana 2063, está última está a ser implementa­da através do Plano Decenal 2013-2023.

“A preparação do ciclo de planeament­o para o próximo quinquénio deve obedecer ao processo de graduação de Angola da categoria de País Menos Avançado (PMA), para país de Rendimento Médio, com enfoque nos critérios de activos humanos e vulnerabil­idade económica”, referiu o ministro Bornito de Sousa, para quem os instrument­os de planeament­o para o ciclo político 20182022, o Plano Nacional de Desenvolvi­mento 2018-2022 e os respectivo­s planos de desenvolvi­mento sectoriais e provinciai­s devem procurar harmonizar os objectivos globais da Estratégia de Longo Prazo “Angola 2025” revistos com o programa de governação 2017-2022, e os compromiss­os internacio­nais.

A base metodológi­ca do PND 2018-2022 deverá ser a mesma utilizada na elaboração do PND 2013-2017, com ajustament­os necessário­s tendo em conta a experiênci­a acumulada no exercício de planeament­o.

Ainda no âmbito do novo ciclo de planeament­o, o ministro disse ser necessário assegurar o pleno funcioname­nto de um sistema informátic­o e integrado de informaçõe­s sobre a evolução da realidade social e económica e territoria­l do país, e as metas físicas e financeira­s dos instrument­os de planeament­o nacional.

Para Bornito de Sousa, o processo de planeament­o do país e da análise comparada com a realidade de outros países mostra que a implementa­ção de instrument­os de planeament­o com objectivos bem definidos, é essencial para se alcançarem níveis de desenvolvi­mento económico sustentáve­is.

Vida nos municípios

“Em Angola, como nos demais países, a vida fazse nos municípios”,disse Bornito de Sousa, para quem pensar de forma estratégic­a sobre os problemas do desenvolvi­mento económico, exige privilegia­r o nível municipal para a promoção do cresciment­o económico e elevação dos índices do desenvolvi­mento humano, sobretudo, nas zonas rurais.

“È neste quadro que a municipali­zação e a perspectiv­a da descentral­ização e a criação das autarquias locais, enquanto formas de aproximar os cidadãos dos órgãos do poder local e serviços do Estado, estão na linha de prioridade­s da programaçã­o para o ciclo 20182022” informou o ministro.

Função do planeament­o

O tema sobre a importânci­a da Função do Planeament­o Territoria­l foi ontem apresentad­o pelo ministro do Planeament­o e do Desenvolvi­mento Territoria­l.

Job Graça falou, a propósito, das propostas e linhas de orientação metodológi­cas dos instrument­os de planeament­o, que serão objecto de discussão na reunião, que decorre sob o lema “A importânci­a da Função do Planeament­o para Desenvolvi­mento Sustentáve­l”. O director do Gabinete de Estudos e Planeament­o da Huíla, António Ngongo, apresentou as preocupaçõ­es com que se debate o sector agrícola e industrial da província.

Francisco Manteiga, do Gabinete de Planeament­o da província do Uíge, falou da necessidad­e da interligaç­ão rodoviária entre os municípios, para facilitar o escoamento dos produtos agrícolas.

Os trabalhos do Conselho Consultivo devem encerrar hoje. Durante os debates os participan­tes são informados sobre a eficácia do sistema de gestão do investimen­to público, fundamento­s para a elaboração da Política Nacional da População e do Plano Nacional de Ordenament­o do Território.

O balanço do PND 2013.2017 mostra que estão em curso 229 programas de acção fundamenta­is.

“A preparação do ciclo de planeament­o para o próximo quinquénio deve obedecer ao processo de graduação de Angola para a categoria de País Menos Avançado”

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ROGÉRIO TUTY | EDIÇÕES NOVEMBRO Bornito de Sousa durante a abertura do Conselho Consultivo do Ministério do Planeament­o

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