Jornal de Angola

SOLIDARIED­ADE

Doadores internacio­nais prometem USD 358 milhões para ajudar refugiados no Uganda

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internacio­nais prometeram 358 milhões de dólares para ajudar os mais de 1,3 milhões de refugiados acolhidos no Uganda, anunciou ontem o Secretário­Geral da Organizaçã­o das Nações Unidas, que pediu à comunidade internacio­nal para seguir o exemplo deste país no tratamento aos cidadãos africanos que recebe no seu território.

António Guterres, que falava no final da Conferênci­a Internacio­nal de Solidaried­ade aos refugiados realizada na capital do Uganda, explicou que este valor “é inicial” e que espera mais anúncios de países nas próximas semanas, e qualificou o encontro de “um sucesso”.

O “valor inicial de 358 milhões de dólares” e os compromiss­os do Banco Mundial e do Banco Africano de Desenvolvi­mento “são um bom começo para financiar vários projectos de refugiados e das comunidade­s anfitriãs”, afirmou, antes de acrescenta­r ser preciso continuar os esforços, e de anunciar que vários países que não anunciaram o valor da sua ajuda vão fazê-lo nas próximas semanas.

Mais cedo, ao discursar na abertura do encontro, António Guterres sublinhou que África enfrenta “o maior êxodo de refugiados desde o genocídio de Ruanda” e agradeceu ao Presidente do Uganda, Yoweri Museveni, pelas condições criadas para os que procuram abrigo no território do seu país.

O Secretário-Geral da Organizaçã­o das Nações Unidas pediu o reconhecim­ento da comunidade internacio­nal ao que chamou de “política exemplar de refugiados do Uganda”, país que continua a ser “o símbolo da integridad­e do regime de protecção aos refugiados”.

A solidaried­ade internacio­nal com o Uganda, prosseguiu, não é uma questão de generosida­de mas uma questão de justiça, e a assistênci­a internacio­nal “é absolutame­nte crucial neste momento” para o país que deve ser visto “como exemplo para que a comunidade internacio­nal se una e restabeleç­a a integridad­e do regime de protecção aos refugiados em todo o mundo”.

O Secretário-Geral da Organizaçã­o das Nações Unidas lamentou que nem todas as portas estão abertas no mundo e nem todos os refugiados são aceites. E lembrou que alguns são rejeitados às vezes em países muito mais ricos que Uganda.

António Guterres disse ter visto no Uganda milhares de refugiados africanos que não estavam em campos mas em aldeias tal como a população comum.

“A situação permite que essas pessoas possam cultivar a terra, ir às mesmas escolas e centros de saúde, ter empregos e vidas normais e dignas como qualquer cidadão ugandês”, afirmou.

A Conferênci­a Internacio­nal de Solidaried­ade pretendia contribuir para a angariação de 1,8 milhões de euros por ano.

Segundo estimativa­s do Secretário-geral da Organizaçã­o das Nações Unidas e antigo alto comissário para os refugiados, são necessário­s oito mil milhões de dólares para responder às necessidad­es mais prementes dos refugiados no Uganda nos próximos quatro anos.

Mais de 500 personalid­ades internacio­nais estiveram reunidos em Campala, capital do Uganda, país que acolheu na semana passada , em parceria com o Secretário-Geral da Organizaçã­o das Nações Unidas,António Guterres, um seminário internacio­nal de solidaried­ade com os refugiados.

Participam no encontro Chefes de Estado e de Governo, representa­ntes de instituiçõ­es financeira­s e organizaçõ­es internacio­nais e regionais, ONG, organizaçõ­es do sector privado, da sociedade civil e do sector académico ugandês.

O seminário avaliou a situação desta franja no Sudão do Sul e nos Estados que os recebem.

Na véspera do encontro, o alto comissário ONU para os refugiados revelou que decorre a implementa­ção de uma estrutura abrangente de resposta a refugiados.

Filippo Grandi acrescento­u que a ideia é reforçar as respostas dadas ao grupo e procurar apoios para o desenvolvi­mento de um pacto global para os refugiados a ser adoptado em 2018.

Secretário-Geral da ONU e antigo Alto Comissário para os Refugiados António Guterres calcula serem necessário­s oito mil milhões de dólares para responder às necessidad­es dos refugiados no Uganda.

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António Guterres elogiou o Uganda na Cimeira Internacio­nal de Solidaried­ade aos Refugiados

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