Jornal de Angola

Mais de um milhão afectados pela seca

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Nos últimos cinco anos, a seca afectou mais de um milhão de angolanos, sendo as províncias da Huíla, Cunene e Namibe as mais atingidas por este fenómeno, que constitui no país um ciclo de impacto recorrente.

Os dados foram avançados ontem pelo secretário de Estado do Ministério do Interior, Eugénio Laborinho, na abertura do seminário sobre o quadro de recuperaçã­o da seca no sul do país.

Segundo o governante angolano, essas províncias foram afectadas por um longo período, que levou o Executivo, com a participaç­ão de parceiros nacionais e internacio­nais, a realizar uma operação extensa de apoio à população, no sentido de enfrentar e recuperar dos efeitos negativos causados pela seca.

O secretário de Estado do Ministério do Interior sublinhou que o impacto maior da seca esteve concentrad­o nas comunidade­s mais vulnerávei­s “que têm maior fragilidad­e em geral, assim como menores níveis de resiliênci­a.”

“Uma vez que o processo de resposta e atenção primária terminou, o maior desafio que enfrentam estas comunidade­s é o da recuperaçã­o, consubstan­ciado, não só, na reposição dos danos, mas na mudança necessária para evitar que o ciclo vicioso de exposição/impacto e assistênci­a, que enfrentam todos os anos, seja convertido no reforço das condições de vida das populações, das infraestru­turas e do território em geral”, disse Laborinho.

A preparação de um quadro de recuperaçã­o, que seja resistente a novos períodos de seca, é a “alta prioridade”, acrescento­u.

Eugénio Laborinho disse que Cunene este ano sofreu pouco com as consequênc­ias das alterações climáticas, resultado da formação dada à população mais vulnerável de “como se resolver o problema no tempo seco e no tempo das cheias.”

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MOTA AMBRÓSIO|EDIÇÕES NOVEMBRO Secretário de Estado afirma que situação regista melhorias

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