Arábia Saudita e países aliados dão ultimato ao Qatar
A Arábia Saudita e os países aliados anunciaram ontem a decisão de prolongar por mais 48 horas o ultimato feito ao Qatar para responder positivamente a uma lista de 13 exigências, a pedido do mediador do Kuwait na crise do Golfo.
De acordo com um comunicado publicado pela agência oficial saudita Spa, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein e o Egipto aceitaram prolongar o ultimato após o Qatar ter anunciado que devia entregar ontem ao emir do Kuwait a sua resposta às exigências apresentadas.
Na lista de exigências consta o encerramento da televisão “Al Jazeera” e de uma base militar turca, além da limitação das relações com o Irão.
A 5 de Junho, Arábia Saudita, Egipto, Emirados Árabes Unidos e Bahrein cortaram relações diplomáticas com o Qatar, que acusaram de apoio ao terrorismo, na mais grave crise regional desde a guerra do Golfo de 1991.
Os quatro países exigiram ainda que Doha corte quaisquer contactos com a Irmandade Muçulmana e com outros grupos fundamentalistas islâmicos como o xiita Hezbollah, a Al-Qaida e o Estado Islâmico.
Trump falou ontem ao telefone com o rei saudita, Salman bin Abdulaziz, com o príncipe Mohammed bin Zayed al-Nahyan de Abu Dhabi e com o emir Sheikh Tamim Bin Hamad Al-Thani do Qatar para “reiterar a importância de acabar com o financiamento ao terrorismo e desacreditar a ideologia extremista”, disse a Casa Branca.
“O Presidente também sublinhou que a união na região é [de importância] crítica para atingir os objectivos da cimeira de Riad de derrotar o terrorismo e promover a estabilidade na região.” Um porta-voz do Departamento de Estado dissera já domingo que os EUA encorajam a “contenção” de todos os envolvidos em prol de negociações diplomáticas “produtivas”, declarando o seu apoio à mediação do Kuwait.