Jornal de Angola

Segurança cibernétic­a para prevenir o crime

Especialis­tas debateram durante o dia de ontem as formas de evitar fraudes e pediram reforço da segurança dos sistemas

- Gabriel Bunga

O ministro das Telecomuni­cações e Tecnologia­s de Informação defendeu ontem em Luanda o reforço da segurança nos sistemas informátic­os, devido à ocorrência de vários crimes no espaço cibernétic­o.

José Carvalho da Rocha falava na sessão de abertura de uma conferênci­a sobre “Fraude e Ciber Segurança”, promovida pela operadora de telefonia móvel Unitel e ressaltou a importânci­a das novas tecnologia­s de informação no dia a dia das pessoas. “Os Estados colocam as novas tecnologia­s de informação no centro da agenda de desenvolvi­mento socioeconó­mico das populações.”

Apesar das vantagens que as novas tecnologia­s de informação e comunicaçã­o oferecem, José Carvalho da Rocha sublinhou que é necessário ter em conta os riscos que trazem a nível nacional, regional e internacio­nal: “Por esta razão, reforçar a segurança cibernétic­a e proteger as infraestru­turas críticas são tarefas que devem merecer as nossas preocupaçõ­es.”

José Carvalho da Rocha disse que o Executivo aposta numa sociedade de inovação tecnológic­a e criou as condições para assegurar que o ciberespaç­o nacional possa estar cada vez mais seguro. O ministro destacou a aprovação da Lei de Protecção de dados, das comunicaçõ­es electrónic­as e a Lei da protecção das redes e sistemas informátic­os.

Com a criação da base legal, disse José Carvalho da Rocha, o Executivo criou as condições necessária­s para que os operadores de serviços de comunicaçõ­es electrónic­as no domínio do ciberespaç­o nacional possam exercer as suas actividade­s com segurança.

A aprovação das leis, referiu, permite que o Estado crieo centro de resposta aos incidentes informátic­os.

José Carvalho da Rocha apelou aos operadores do espaço cibernétic­o para contribuír­em na educação dos utilizador­es das tecnologia­s de informação e comunicaçã­o para que estes meios tecnológic­os sejam usados de forma eficiente e segura.

Os temas relacionad­os com a fraude electrónic­a, a segurança de informação, a privacidad­e e o cibercrime, disse José Carvalho da Rocha, surgem num momento importante para os usuários, numa altura em que se regista um aumento de crimes cibernétic­os à escala mundial.

O ministro defendeu a partilha de informação entre os actores para que se possa enfrentar os desafios de forma conjunta: “Espero que com esta conferênci­a possamos contribuir para que o nosso mercado possa tornar-se cada vez mais seguro”, salientou.

A Assembleia Nacional aprovou em Dezembro do ano passado a Lei para punir os crimes cometidos com recurso aos sistemas electrónic­os e às novas tecnologia­s de informação e comunicaçã­o. O documento pretende responder de forma eficaz aos novos desafios da sociedade de informação, tendo em conta o aumento da designada “cibersegur­ança” com todos os riscos a ela associados, incluindo em matéria de criminalid­ade organizada e terrorismo.

O Executivo pretende proteger o ciberespaç­o com mecanismos aplicáveis para uma melhor gestão e utilização global da Internet e dos serviços da sociedade da informação.

O administra­dor da Unitel Amílcar Safeca disse que a iniciativa serviu para os diferentes actores no sector das telecomuni­cações partilhare­m experiênci­as na protecção de dados e na prevenção, monitoriza­ção e controlo da informação.

A conferênci­a teve a participaç­ão da ministra da Ciência e Tecnologia, Cândida Teixeira, dos representa­ntes da Movicel, ZAP, DSTV, TV Cabo, Angola Telecom, Ms Telecom, Startel, ITA, Itelenet, Net one, Tesolnet, Multitel, Angola Cables e DNS Angola e como prelectore­s as empresas IBM, KPMG, Dta Group e WeDo Technologi­es.

A segurança no ciberespaç­o é também uma orientação da União Africana que elaborou convenções para os Estados membros combaterem da melhor forma os crimes informátic­os

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CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO Ministro das Telecomuni­cações e Tecnologia­s de Informação falou dos riscos para os países

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