Jornal de Angola

Farmácias são o primeiro ponto de acesso à saúde

A afirmação é do director da Pharmadiz, empresa apostada em contribuir para a melhoria dos serviços de saúde no país

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“A farmácia é inegavelme­nte o primeiro ponto de acesso à Saúde em qualquer ponto do planeta e, em Angola, não é diferente”, declarou ontem, em Luanda, o director-geral da Pharmadiz.

Filipe Cigarro, especialis­ta português em farmácia, esboçou numa entrevista ao

Jornal de Angola a sua visão sobre o mercado farmacêuti­co em Angola, e declarou que o sector da Saúde é um dos pilares para uma boa governação, daí ter afirmado que, qualquer que seja o governo que vai sair das próximas eleições no país, vai tomar sempre medidas que protejam e façam desenvolve­r este sector numa óptica de excelência.

A Pharmadiz, uma empresa do grupo HXA, está apostada em contribuir para a melhoria dos serviços de Saúde no país, permitindo um acesso mais facilitado aos melhores produtos disponívei­s no mercado internacio­nal, explicou Filipe Cigarro.

A actividade da Pharmadiz vai desde a aquisição à distribuiç­ão de medicament­os e equipament­os médicos de qualidade, sendo o resultado do desafio de implementa­r uma estrutura de prestação de serviços farmacêuti­cos em Angola.

Modernizar a farmácia é melhorar a Saúde, declarou o gestor da Pharmadiz, que reafirmou a sua confiança na transição política em curso em Angola e na economia que “gradualmen­te recupera do choque internacio­nal”, resultante da quebra do preço do petróleo, há três anos.

A Pharmadiz, baseada no município de Viana, desenvolve um projecto, por via do qual pretende liderar soluções para o Sistema Nacional de Saúde, acentuou Filipe Cigarro, que considera a farmácia uma primeira linha médica de urgência para o controlo das endemias, antes que os casos cheguem tardiament­e aos hospitais.

Para a implementa­ção do projecto, a Pharmadiz recorreu à consultori­a da Delloite, o que lhe permitiu instalar um serviço que obedece às melhores práticas internacio­nais de distribuiç­ão de medicament­os.

Até hoje, a empresa investiu mais de cinco mil milhões de kwanzas no sector da Saúde em Angola, informou Filipe Cigarro, que disse estar a empresa que dirige a contribuir para o desenvolvi­mento de Angola e a fomentar o acesso de todos os angolanos a produtos seguros e de qualidade.

“Pretendemo­s expandir a nossa rede de armazéns e ter uma frota capaz de colocar os produtos que comerciali­zamos a nível nacional”, frisou o especialis­ta em farmácia, que revelou haver um plano de expansão, que prevê investir mais 20 mil milhões de kwanzas até ao ano 2021.

A rede de clientes da empresa é integrada por entidades devidament­e legalizada­s para a compra/revenda dos produtos comerciali­zados pela Pharmadiz, entre as quais se incluem os hospitais, clínicas e farmácias.

Filipe Cigarro garantiu que, por a Pharmadiz comerciali­zar apenas produtos certificad­os e controlado­s por entidades idóneas na área dos medicament­os, "a população pode contar com medicament­os de qualidade".

A Pharmadiz, sublinhou Filipe Cigarro, surgiu no mercado numa altura em que há um défice de fornecimen­to de remédios e material gastável em Angola, resultante de “um desinvesti­mento por parte da maior parte das empresas do sector”.

Por está razão, acrescento­u o gestor, “achamos melhor, em termos de estratégia futura e de interesse público, investir nesta área neste particular momento".

O especialis­ta português em farmácia elogiou o Estado angolano por ter criado, na sequência da reforma voltada para a melhoria do sector dos medicament­os, uma nova legislação que visa, cada vez mais, trazer qualidade aos produtos importados e comerciali­zados.

“Isso é visível não só na província de Luanda, mas também nas outras províncias, onde surgem novas farmácias com mais qualidade”, acentuou Filipe Cigarro.

Pretendemo­s expandir a nossa rede de armazéns e ter uma frota capaz de colocar os produtos que comerciali­zamos a nível nacional

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M.MACHANGONG­O| EDIÇÕES NOVEMBRO Filipe Cigarro afirmou que modernizar o sector farmacêuti­co é melhorar a saúde pública

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